Compreendendo o amor e suas expressões em diferentes etapas do desenvolvimento
Understanding Love and Its Expressions at Different Developmental Stages
Comprendiendo el Amor y sus Expresiones en Distintas Etapas del Desarrollo
En Comprenant l'Amour et ses Expressions dans Différents Étapes de Développement
Rev. Subj. (Impr.); 19 (3), 2019
Publication year: 2019
O presente estudo teve como objetivo investigar a percepção do amor, compreendendo como esse sentimento é vivenciado nas relações amorosas em diferentes etapas do desenvolvimento - adolescência, adultez e velhice. Utilizou-se um delineamento exploratório, de abordagem qualitativa e transversal. Foram selecionados por conveniência nove adolescentes, nove adultos e oito idosos, que estavam em um relacionamento amoroso há, no mínimo, seis meses. Todos responderam a uma entrevista semiestruturada, que versava sobre a percepção do amor e como era vivenciado em seu relacionamento. A análise de conteúdo dos dados indicou diferenças e semelhanças entre as etapas investigadas. Em todas elas o amor foi associado ao apoio, cuidado, respeito e confiança, bem como sua vivência evidenciada pela troca de carinhos. Especificamente na adolescência, os relatos apontaram para um amor com características mais efêmeras, porém os participantes destacaram que estavam aprendendo a se relacionar. Entre os adultos se evidenciou um amor caracterizado como sólido e maduro, além do compartilhamento de sonhos e planos para o futuro. Já os idosos relataram que percebiam o amor como cuidado, principalmente devido ao medo da perda do parceiro. Evidenciou-se que a forma como o amor é percebido e vivenciado não está relacionada especificamente à idade, mas às experiências de vida e à relação que se constrói com o/a parceiro/a. Espera-se que os resultados encontrados promovam a reflexão sobre o amor e suas vivências nos relacionamentos atuais e que sirvam de subsídio para fundamentar intervenções que tenham como objetivo fomentar a qualidade das relações afetivas.
This study aimed to investigate the perception of love, understanding how people experience this feeling in love relationships at different stages of development - adolescence, adulthood, and old age. We used an exploratory design with a qualitative and cross-sectional approach. Nine adolescents, nine adults, and eight elderly, who had been in a love relationship for at least six months, were selected for convenience. All responded to a semi-structured interview, which focused on the perception of love and how it was experienced in their relationship. Data content analysis indicated differences and similarities between the investigated steps. In all of them, love was associated with support, care, respect, and trust, as well as their experience evidenced by the exchange of affection. Specifically, in adolescence, the reports pointed to love with more ephemeral characteristics, but the participants pointed out that they were learning to relate. Among adults, there was a love characterized as solid and mature, as well as sharing dreams and plans for the future. The elderly reported that they perceived love as care, mainly due to the fear of losing their partner. It was evidenced that the way love is perceived and experienced is not specifically related to age, but to life experiences and the relationship that is built with the partner. It is expected that the results found promote reflection on love and its experiences in current relationships and serve as a basis for interventions aimed at fostering the quality of affective relationships.
El presente trabajo objetivo investigar la percepción del amor, comprendiendo como este sentimiento es vivido en las relaciones amorosas en distintas etapas del desarrollo - adolescencia, adultez y vejez. Fue utilizado un delineamiento de exploración, de enfoque cualitativo y transversal. Fueron seleccionados por conveniencia nueve adolescentes, nueve adultos y ocho ancianos, que estaban en un relacionamiento amoroso con un mínimo de seis meses. Todos contestaron a una entrevista semiestructurada que se refería a la percepción del amor y como era vivido en su relacionamiento. El análisis de contenido de los datos indicó diferencias y similitudes entre las etapas investigadas. En todas ellas el amor fue asociado al soporte, cuidado, respeto y fiabilidad, así como su experiencia evidenciada por el cambio de cariños. Específicamente en la adolescencia, los informes indicaron para un amor con características más efémeras, sin embargo los participantes resaltaron que estaban aprendiendo a relacionarse. Entre los adultos se evidencio un amor caracterizado como sólido y maduro, además del intercambio de sueños y planes para el futuro. Ya los ancianos informaron que percibían el amor como cuidado, principalmente debido al medo de la pérdida del compañero(a). Se puso evidente que la forma como el amor es percibido y vivido no está relacionado específicamente a la edad, sino a las experiencias de vida y a la relación que se construye con la pareja. Se espera que los resultados encontrados promuevan la reflexión sobre el amor y sus experiencias en los relacionamientos actuales y que sirvan de subsidio para basar intervenciones que tengan el objetivo de fomentar la calidad de las relaciones afectivas.
Cette étude a eu comme objectif d'étudier la perception de l'amour, en comprenant comment ce sentiment est vécu dans les relations amoureuses à différentes étapes du développement - l'adolescence, la vie adulte et la vieillesse. Une conception exploratoire avec une approche qualitative et transversale a été utilisée. Neuf adolescents, neuf adultes et huit personnes âgées, qui vivaient dans une relation amoureuse depuis au moins six mois, ont été sélectionnés. Ils ont tous répondu à un entretien semi-structuré, qui portait sur leurs perceptions de l'amour et sur la manière comment ils ont vécu dans leurs relations. L'analyse du contenu des données a révélé des différences et des similitudes entre les étapes étudiées. Dans toutes les ages, l'amour était associé au soutien, aux soins, au respect et à la confiance, ainsi qu'à leur expérience attestée par l'échange d'affection. Plus précisément à l'adolescence, les reportages indiquaient un amour avec des caractéristiques plus éphémères. Toutefois, les participants ont souligné qu'ils étaient en train d'apprendre à établir des relations. Parmi les adultes, il existait un amour caractérisé comme solide et mature, ainsi que des rêves et des projets d'avenir partagés. Les personnes âgées ont déclaré percevoir l'amour comme un soin, principalement en raison de la peur de perdre leur partenaire. Il a été démontré que la manière dont l'amour est perçu et vécu n'est pas liée spécifiquement à l'âge, mais aux expériences de la vie et à la relation qui se construit avec le partenaire. On espère que les résultats obtenus favoriseront la réflexion sur l'amour et ses expériences dans les relations actuelles et serviront de base aux interventions visant à renforcer la qualité des relations affectives.