Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online); 23 (6), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
Analisar a qualidade de vida (QV) em indivíduos que participam de programas
de intervenção comunitária (PIC) orientados para uma vida ativa e saudável. Método:
Estudo transversal multicêntrico com 304 participantes, com 55 anos ou mais de idade, a
viver na comunidade em três localidades portuguesas. Metade desses indivíduos (n=152)
envolvida em PIC (grupo de intervenção). Esse grupo foi emparelhado segundo sexo e
grupo etário com número equivalente de participantes (n=152) que não frequenta PIC
(grupo de comparação). As atividades dos PIC foram agrupadas segundo a sua natureza:
sociorrecreativas, educativas/aprendizagem ao longo da vida (ALV) e atividade física.
Recolheu-se informação usando Questionário de Participação Social, WHOQOL-Bref
e Escala de Satisfação com a Vida. Resultados:
Os participantes dos PIC tinham média de
idade de 71,4 (±5,4) anos, eram predominantemente mulheres (75,0%), casados (65,4%),
com escolaridade inferior a cinco anos (71,7%) e rendimento familiar mensal até 750
euros (47,4%). O GI apresentou melhor QV no domínio físico do que o GC ( p<0,03). A
atividade física foi a modalidade mais frequentada nos PIC (n=119; 78,3%) em comparação
com atividades educativas/ALV (n=46; 30,3%) e sociorrecreativas (n=25; 16,4%). Os
praticantes de atividade física em PIC apresentaram melhor QV nos domínios psicológico,
relações sociais e ambiente do que os não praticantes ( p<0,05). Conclusão:
A participação em PIC está associada à QV pelo que, em linha com o quadro do envelhecimento ativo, se recomenda implementar PIC no âmbito das políticas públicas, promovendo sistematicamente a QV da população. AU
Objective:
The present study aimed to analyze quality of life (QoL) in participants of
community intervention programs (CIP) focused on healthy aging. Method:
A multicenter
cross-sectional study was carried out with 304 community-dwelling participants, aged
55 years old or more and living in three locations in Portugal. Half of these individuals
(n=152) were involved in a CIP (intervention group). The intervention group was paired
according to sex and age group with an equivalent number of participants (n=152) that
did not take part in a CIP (comparison group). Activities implemented in the CIP were
grouped according to their nature:
socio-recreational, educational/lifelong learning
and physical activity. Data collection involved a Social Participation Questionnaire,
the WHOQOL-Bref and the Satisfaction With Life Scale. Results:
The CIP participants
(n=152) had a mean age of 71.4 years (±5.4), were predominantly women (75.0%), married
(65.4%), with fewer than five years of education (71.7%) and a monthly family income
of up to 750 euros (47.4%). The intervention group had a significantly higher QoL in
the physical domain than the comparison group ( p<0.03). Physical activity was the most
frequently attended session in the CIP (n=119, 78.3%), in comparison with educational/
lifelong learning (n=46, 30.3%) and socio-recreational (n=25, 16.4%) activities. People
practicing physical activity in the CIP had a significantly higher QoL in the psychological,
social relationships and environment domains ( p<0.05). Conclusion:
Participation in the
CIP was associated with QoL. Therefore, in line with the active aging framework, CIPs
must be a part of public policy measures aimed at the QoL of the population.AU