Região Norte do Brasil e a pandemia de COVID-19: análise socioeconômica e epidemiológica
North region of Brazil and the COVID-19 pandemic: socioeconomic and epidemiologic analysis
Región Norte de Brasil y la pandemia de COVID-19: análisis socioeconómico y epidemiológico

J. Health NPEPS; 5 (1), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

analisar o perfil epidemiológico das doenças respiratórias e os indicadores socioeconômicos e de assistência em saúde da região Norte do Brasil durante a pandemia de COVID-19.

Método:

estudo epidemiológico, de caráter descritivo e quantitativo, em relação ao período de janeiro de 2010 a fevereiro de 2020. Os dados foram coletados no DATASUS e no boletim epidemiológico sobre a COVID-19 do Ministério da Saúde. Os resultados foram dispostos em números absolutos, frequência relativa e medidas de tendência central.

Resultados:

no período houve 1.163.303 internações, consumindo 891.494.215,40 reais. Pará e Amazonas somam 66% desses gastos. Os meses de abril, maio e junho apresentaram médias maiores de hospitalizações durante todos os anos. A faixa etária mais onerosa foi entre 60 e 69 anos. A região Norte é menos provida de médicos, leitos de UTI e respiradores. Amazonas, Amapá e Roraima têm os maiores coeficientes de incidência de COVID-19 por 1.000.000 de habitantes.

Conclusão:

a pandemia aumenta a vulnerabilidade socioeconômica e assistencial do sistema de saúde do Norte brasileiro, com sobrecarga e número de óbitos crescente. Portanto, há necessidade urgente de realocar recursos e reorganizar a rede de atenção à saúde.

Objective:

to analyze the epidemiological profile of respiratory diseases and the socioeconomic and health care indicators of northern Brazil during the COVID-19 pandemic.

Methods:

epidemiological study, of a descriptive and quantitative character, in relation to the period from January 2010 to February 2020. Data were collected in DATASUS and in the epidemiological bulletin on COVID-19 of the Ministry of Health. The results were displayed in absolute numbers, relative frequency and measures of central tendency.

Results:

in the period there were 1,163,303 hospitalizations, consuming 891,494,215.40 reais. Pará and Amazonas account for 66% of these expenses. The months of April, May and June showed higher averages of hospitalizations during all years. The most expensive age group was between 60 and 69 years. The northern region is less equipped with doctors, ICU beds and respirators. Amazonas, Amapá and Roraima have the highest incidence coefficients of COVID-19 per 1,000,000 inhabitants.

Conclusion:

the pandemic increases the socioeconomic and assistance vulnerability of the health system in northern Brazil, with an overload and an increasing number of deaths. Therefore, there is an urgent need to reallocate resources and reorganize the health care network.

Objetivo:

analizar el perfil epidemiológi co de las enfermedades respiratorias y los indicadores socioeconómicos y de salud del Norte de Brasil durante la pandemia COVID- 19.

Método:

estudio epidemiológico, de carácter descriptivo y cuantitativo, en relación con el período comprendido entre enero de 2010 y febrero de 2020. Los datos se recopilaron en DATASUS y en el boletín epidemiológico sobre COVID-19 del Ministerio de Salud. Los resultados se mostraron en números absolutos. frecuencia relativa y medidas de tendencia central.

Resultados:

en el período hubo 1.163.303 hospitalizaciones, que consumieron 891.494.215,40 reales. Pará y Amazonas representan el 66% de estos gastos. Los meses de abril, mayo y junio mostraron promedios más altos de hospitalizaciones durante todos los años. El grupo de edad más caro fue entre 60 y 69 años. La región Norte está menos equipada con médicos, camas de UCI y respiradores. Amazonas, Amapá y Roraima tienen las tasas más altas de incidencia de COVID-19 por cada 1,000,000 de habitantes.

Conclusión:

la pandemia aumenta la vulnerabilidad socioeconómica y asistencial del sistema de salud en el Norte de Brasil, con una sobrecarga y un número creciente de muertes. Por lo tanto, existe una necesidad urgente de reasignar recursos y reorganizar la red de atención médica.

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