Geriatr., Gerontol. Aging (Impr.); 13 (4), 2019
Publication year: 2019
OBJETIVO:
Estudar a possível relação entre qualidade de vida e características sociodemográficas, antropométricas, funcionais e de atividade física em idosos da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre (RS). MÉTODOS:
Estudo transversal e analítico com idosos (≥ 60 anos). Os dados foram coletados de forma prospectiva em amostra aleatória de 30 unidades de saúde. As variáveis pesquisadas foram:
sociodemográficas (idade, estado civil, escolaridade); antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal); e funcionais (velocidade de marcha, força de preensão manual, teste senta/levanta). Foi aplicada a escala de qualidade de vida de Flanagan e o questionário de Minnesota de atividade física e de lazer para o nível de atividade física. Analisaram-se os dados utilizando regressão logística pelo método backward conditional. RESULTADOS:
Entre os 577 idosos avaliados (68,5 ± 6,4 anos; 63,7% mulheres), a qualidade de vida de 87% foi classificada como alta. No modelo multivariado inicial (saturado), foram consideradas variáveis preditoras de qualidade de vida: sexo, convivência marital, tempo gasto para caminhar 10 m, escore do teste senta/levanta, força de preensão manual e atividade física moderada, intensa e total. O modelo final (seis etapas) foi composto de quatro variáveis: conviver maritalmente, maior escore do teste senta/levanta, maior força de preensão manual e prática de atividade física intensa. CONCLUSÃO:
Conforme observado, a alta qualidade de vida relacionou-se a idosos que convivem maritalmente, apresentam maior força de membros superiores e inferiores e despendem mais tempo na prática de atividade física intensa.
OBJECTIVE:
To study the possible relation between quality of life and sociodemographic, anthropometric, functional and physical activity characteristics in older users of the Family Health Strategy in Porto Alegre-RS. METHODS:
Cross-sectional and analytical study with older subjects (≥ 60 years). Data were prospectively collected in a random sample of 30 health units. The following variables were analyzed:
sociodemographic (age, marital status, education); anthropometric (weight, height, body mass index); functional (walking speed, handgrip strength, Sit/Stand test). The Flanagan Quality of Life Scale and the Minnesota Physical Activity and Leisure Questionnaire (level of physical activity) were applied. Logistic Regression (Backward Conditional Method) was used for data analysis. RESULTS:
Among the 577 older subjects evaluated (68.5 ± 6.4 years; 63.7% women), the majority (87%) presented high quality of life. In the initial multivariate (saturated) model, the following variables were considered as predictors of quality of life: gender, marital coexistence, time spent walking 10 m, higher Sit/Stand test score, handgrip strength, moderate, intense and total physical activity. The final model (6 steps) consisted of four variables: cohabitation, higher Sit/Stand test score, higher handgrip strength and engagement in intense physical activity. CONCLUSION:
As observed, a high quality of life was related to older people who lived with a partner, presented higher upper and lower limb strength, and spent more time in the practice of intense physical activity.