Geriatr., Gerontol. Aging (Impr.); 13 (4), 2019
Publication year: 2019
OBJETIVO:
Verificar a associação de variáveis sociodemográficas e clínicas entre os diferentes níveis de atividade física praticada por idosos vinculados ao setor suplementar de saúde brasileira. MÉTODOS:
Estudo quantitativo e de corte transversal conduzido com 361 idosos pertencentes a uma seguradora de planos de saúde, do segmento medicina de grupo, localizado na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Para mensuração dos diferentes níveis de atividade física, aplicou-se o instrumento International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) traduzido, adaptado e validado para a população geriátrica brasileira. Ademais, empregaram-se ainda instrumentos de caracterização sociodemográfica e de mensuração da capacidade funcional para as atividades de vida diária, a função cognitiva, os sintomas depressivos, a autopercepção da saúde, o estado nutricional e o risco de queda. Após análise descritiva, realizou-se análise comparativa por meio dos testes de ANOVA e de χ2. O teste de Brown-Forsythe foi utilizado para situações em que não foi encontrada homogeneidade e o teste de Dunnett para comparações múltiplas. RESULTADOS:
Verificou-se que 63,3% dos idosos praticavam baixos níveis de atividade física e apenas 5,6% praticavam atividade física vigorosa. Nessa amostra, variáveis como autopercepção de saúde positiva (p = 0,032), sono adequado sem auxílio de medicações (p = 0,020) e independência para atividades de vida diária (p < 0,001) estiveram positivamente associadas ao aumento dos níveis de atividade física, enquanto idade avançada (p < 0,001), declínio cognitivo (p < 0,001), sintomas depressivos (p < 0,001) e dificuldade de mobilidade (p < 0,001) se associaram negativamente a baixos níveis de atividade física. CONCLUSÃO:
Variáveis demográficas e clínicas são fatores associados positiva e negativamente com os diferentes níveis de atividade física de idosos pertencentes ao setor suplementar de saúde.
OBJECTIVE:
To verify the association of sociodemographic and clinicai variables to different levels of physical activity in older adults enrolled in a health insurance plan in Brazil. METHODS:
A quantitative cross-sectional study was conducted on a sample of 361 older adults enrolled in a health insurance plan in the city of São Paulo, SP, Brazil. Levels of physical activity were measured using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), which has been translated, adapted and validated for use in Brazilian geriatric populations. Sociodemographic characteristics, functional capacity for activities of daily living, cognitive function, depressive symptoms, risk of falls, self-perceived health and nutritional status were also evaluated. Results were analyzed using descriptive methods followed by ANOVA and Chi-Square tests. When homogeneity of variances was violated, the Brown-Forsythe test was used, followed by Dunnett’s test for multiple comparisons. RESULTS:
Low levels of physical activity were reported by 63.3% of participants, with only 5.6% practicing vigorous physical activity. In this sample, variables such as positive self-perceived health (p = 0.032), adequate sleep without medication (p = 0.020) and independence for activities of daily living (p < 0.001) were positively associated with higher levels of physical activity. Advanced age (p < 0.001), cognitive decline (p < 0.001), depressive symptoms (p < 0.001) and mobility impairments (p < 0.001) were associated with low levels of physical activity. CONCLUSION:
Demographic and clinical variables displayed positive and negative associations with different levels of physical activity in older adults receiving health insurance plans.