Acurácia dos instrumentos preditivos de sobrevivência em pacientes idosos sob cuidados paliativos em atendimento domiciliar em Curitiba
Accuracy of survival prediction instruments in older patients undergoing home-based palliative care in Curitiba, Brazil

Geriatr., Gerontol. Aging (Impr.); 13 (4), 2019
Publication year: 2019

INTRODUÇÃO:

Escores prognósticos são cruciais para evitar medidas desproporcionais em cuidados paliativos, mas seu uso em pacientes não oncológicos, em cuidado domiciliar e em países subdesenvolvidos apresenta carência de evidência.

OBJETIVO:

Comparar a acurácia dos instrumentos preditivos de sobrevivência Palliative Performance Scale (PPS), Karnofsky Performance Status (KPS), Palliative Prognostic Index (PPI) e Palliative Prognostic Score (PaP) na população idosa do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Curitiba.

MÉTODOS:

Trata-se de estudo de acurácia diagnóstica de caráter prospectivo e observacional conduzido com idosos em cuidados paliativos no SAD de Curitiba. Aplicaram-se os escores PPS, KPS, PPI e PaP, e após 90 dias os pacientes foram avaliados quanto aos desfechos internamento hospitalar e óbito.

RESULTADOS:

A amostra final foi de 53 pacientes com idade ≥ 60 anos; desses, 28,3% (n = 15) tinham ≥ 85 anos. Na análise do desfecho binário (óbito ou não), foi identificado que a escala PaP teve melhor acurácia (79,2%). Na análise do desfecho ordinal (óbito, hospitalização ou nenhuma dessas opções), a escala com melhor acurácia foi o PPI (58,5%), mas todas as escalas avaliaram a amostra de forma semelhante, sem significância estatística. Em ambas as análises, os pacientes com idade ≥ 85 anos obtiveram resultados semelhantes aos demais. Apesar de o SAD ser um ambiente distinto, obteve resultados similares aos de outros estudos que incluíram hospitais e hospices.

CONCLUSÃO:

As escalas prognósticas apresentaram melhor acurácia na predição somente de óbito, mas quando usadas para relacionar a hospitalização, perdem sua acurácia. Não houve uma escala superior às demais, e não existiu distinção da acurácia referente à idade.

INTRODUCTION:

Prognostic scores are crucial to avoid unnecessary measures in palliative care, although their use in non-cancer patients undergoing home care in low-income countries lacks evidence.

OBJECTIVE:

To compare the accuracy of the survival prediction instruments Palliative Performance Scale (PPS), Karnofsky Performance Status (KPS), Palliative Prognostic Index (PPI), and Palliative Prognostic Score (PaP) in the older population treated by a Home Care Service (HCS) program in Curitiba, southern Brazil.

METHODS:

This is a prospective, observational, diagnostic accuracy study evaluating older adults undergoing HCS-provided palliative care. PPS, The PPS, KPS, PaP, and PPI scores were administered, and after 90 days the patients were evaluated for the outcomes death and hospital admission.

RESULTS:

The final sample consisted of 53 patients aged ≥ 60 years; 28.3% (n = 15) of those had age ≥ 85 years. In the binary analysis, PaP had the best accuracy (79.2%). In the ordinal analysis, PPI had the best accuracy (58.5%), but all prognostic scales evaluated the sample similarly, with no significant differences. In both analyses, the patients aged ≥ 85 years had similar results compared to the total sample. Although the HCS program is a distinct setting, the study results were similar to those of studies conducted in hospices and hospitals.

CONCLUSION:

The prognostic scores showed better accuracy when predicting only the outcome death but are less accurate when admission is included. There was no superior scale neither any difference in accuracy regarding age range.

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