Sintomas depressivos e funcionalidade em idosos da atenção primária de Porto Alegre (RS)
Depressive symptoms and functionality in older adults of the Porto Alegre’s Primary Care

Geriatr., Gerontol. Aging (Impr.); 14 (1), 2020
Publication year: 2020

OBJETIVO:

Determinar a prevalência de sintomas depressivos (SD) e a sua relação com aspectos funcionais, sociodemográficos e antropométricos em idosos da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre (RS).

MÉTODOS:

Trata-se de um estudo transversal prospectivo e analítico com amostra aleatória de 509 idosos de 30 unidades básicas de saúde. Analisaram-se idade, faixa etária, sexo, estado civil, escolaridade, peso, altura, índice de massa corporal, funcionalidade, atividades básicas e instrumentais de vida diária e presença de SD. Para análise estatística, utilizou-se o teste χ2 (bivariada) e de regressão logística (multivariada).

RESULTADOS:

A prevalência de SD na amostra foi de 35,4%. O modelo final apresentou associação estatisticamente significativa de SD com sexo feminino (odds ratio — OR = 2,87; intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,92–9,23), analfabetismo [(OR = 2,13; IC95% 1,89–5,12), baixa escolaridade (OR = 1,23; IC95% 1,05–2,74), dependência em atividades instrumentais de vida diária (OR = 4,03; IC95% 1,68–9,64), baixos escores no teste senta/levanta (OR = 0,89; IC95% 0,82–0,96) e menor força de preensão manual (OR = 0,95; IC95% 0,93–0,98).

CONCLUSÃO:

A prevalência dos SD observada foi alta, e, ante as associações apresentadas, sugere-se que mulheres analfabetas ou com baixa escolaridade, com dificuldade em atividades instrumentais de vida diária, mais fracas e lentas devem ser investigadas quanto à presença de SD, pelo risco de desenvolvê-los.

OBJECTIVE:

The aim of this study was to determine the prevalence of depressive symptoms (DS) and their relationship with functional, sociodemographic and anthropometric aspects in the older adults from the Family Health Strategy of Porto Alegre/ RS.

METHOD:

This is a cross-sectional, prospective and analytical study, with a random sample of 509 older adults from 30 public health units.

The following variables were analyzed:

age, age group, sex, marital status, schooling, weight, height and body mass index, functionality, activities of daily living, both basic and instrumental, and the presence of DS. For the statistical analyses, the bivariate qui-square test and the multivariate logistic regression were used.

RESULTS:

The prevalence of DS in this sample was 35,5%. The final model presented a significant statistical association of DS with female gender (OR = 2.87; IC95% 19.2-9.23), illiteracy (OR = 2.13; IC95% 1.89–5.12), low schooling (OR = 1.23; IC95% 1.05–2.74), dependence on IADL (OR = 4.03; IC95% 1.68–9.64), low scores in the sit-to-stand test (OR = 0.89; IC95% 0.82–0.96) and lower HGS (OR = 0.95; IC95% 0.93–0.98).

CONCLUSION:

The prevalence of DS observed was high (35.4%) and, considering the associations presented, it is suggested that illiterate or poorly educated, weaker and slower women with difficulty in IADL should be investigated for the presence of depressive symptoms, for being at the risk of developing them.

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