A cartografia como estratégia metodológica à produção de dispositivos de intervenção na Psicologia Social
Cartography as a methodological strategy in the production of intervention devices in Social Psychology

Fractal rev. psicol; 32 (1), 2020
Publication year: 2020

O artigo propõe desdobrar questões acerca da pesquisa-intervenção cartográfica visando contribuir para a construção de dispositivos de intervenção no trabalho da psicologia social. Considerando os desafios contemporâneos à psicologia, apresenta a cartografia como metodologia que engendra processos dialógicos, envolvendo pesquisadores e pesquisados na negociação de sentidos e ações que apreendam a complexidade do cotidiano. Desenvolve a possibilidade de que a cartografia contribua para a criação de dispositivos de intervenção singulares, potencializando uma ética dos encontros. Deste modo, afirmamos que os dispositivos cartográficos oferecem vias consistentes à elaboração de experiências relacionais que sustentam, caso a caso, um plano compartilhado de afecções, com o objetivo de dar vazão a movimentos de subjetivação criadores, problematizadores e transformadores da realidade, ao investir na potência do coletivo. As sínteses aqui produzidas reafirmam a indelével relação entre pesquisar e intervir, explorando conexões entre o método cartográfico, seus dispositivos e o compromisso social da psicologia, em uma perspectiva crítica. (AU)
The paper proposes to unfold questions about cartographic intervention-research toward contributing to the construction of intervention devices in Social Psychology's work. Considering the contemporary challenges to Psychology, it presents cartography as a methodology that produces dialogical encounter, involving researchers and subjects in the negotiation of meanings and actions that grasp the complexity of everyday life. It develops the possibility of cartography to concur unique interventional devices, enhancing an ethic of encounters. Thus, we affirm that cartographic devices offer consistent ways to develop relational experiences that support, on a case-by-case basis, a shared plan of affections, with the objective of giving rise to creative movements of subjectivation, which problematize and transform that of reality, by invest in the collective power. Their syntheses reaffirm the lasting connection between researching and intervening, exploring connections between the method and the social commitment of Psychology, from a critical perspective. (AU)

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