Escritos nas paredes: tensões no contexto universitário
Writings on walls: tensions in the university context
Escritos en las paredes: tensiones en el contexto universitário
Rev. polis psique; 9 (1), 2019
Publication year: 2019
O presente artigo tem como objetivo discutir a comunicação escrita em paredes de uma universidade pública federal, comunicação essa que visibiliza as tensões características das relações instituídas nas cidades contemporâneas. As intervenções nesses espaços são abordadas como enunciados em campos discursivos, tal como propõe a filosofia da linguagem de Bakhtin, e articuladas a discussões sobre o processo de espetacularização das cidades, dando-se destaque ao distanciamento entre sujeitos. A análise revela a arena de vozes sociais constituída no cotidiano universitário, sendo as intervenções nas paredes formas de resistência à tentativa institucional de harmonização dos espaços e dos discursos amparada na ordem de conservação do patrimônio público.
This study aims at discussing the written communication on the walls of a federal public university, a communication that highlights the tensions of the relations established in contemporary cities. The writings on these spaces are approached as utterances in discursive fields, as presented in Bakhtin’s philosophy of language, and articulated to discussions on the process of spectacularization of the cities, highlighting the distancing among people. The analysis reveals the arena of social voices constituted in the daily life of the university, and comprehends the writings as forms of resistance to the institutional attempt to harmonize spaces and discourses based on the order of conservation of the public patrimony.
El presente estudio tiene como objetivo discutir la comunicación escrita en paredes de una universidad pública federal, comunicación que visibiliza las tensiones características de las relaciones instituidas en las ciudades contemporáneas. Las intervenciones en esos espacios son abordadas como enunciados en campos discursivos, tal como propone la filosofía del lenguaje de Bakhtin, y articuladas a discusiones sobre el proceso de espectacularización de las ciudades, dando destaque al distanciamiento entre sujetos. El análisis revela la arena de voces sociales constituida en el cotidiano universitario, siendo las intervenciones en las paredes formas de resistencia al intento institucional de armonización de los espacios y de los discursos amparada en el orden de conservación del patrimonio público.