Psicanálise e educação: um diálogo possível?
Psychanalyse et éducation: un dialogue possible?
Psychoanalysis and education: a possible dialogue?

aSEPHallus; 14 (27), 2018
Publication year: 2018

O artigo parte de interrogações sobre o possível diálogo entre a educação e a psicanálise. Freud reconhecia a importância da educação para a civilização, mas criticava a pedagogia de sua época por repercutir a moral civilizada moderna, causando neuroses. Os fins da educação são maléficos se desconhecerem os desejos inconscientes e os conflitos que eles provocam diante das exigências domundo externo. A teoria sobre a sexualidade infantil permitiu que se pensasse em uma educação ou uma pedagogia psicanalítica. Mas esta esperança terminou quando Freud construiu a segunda teoria pulsional. Se em 1911 ele definia a educação como um incentivo à conquista do princípio do prazer e à sua substituição pelo princípio de realidade, em 1925, advertido pela pulsão de morte, passou a situar a educação como uma das três profissões impossíveis. Educar, analisar e governar são tarefas impossíveis porque, filhas da ciência moderna, partem do real como impossível
L'article part de questions sur le dialogue possible entre l’éducation et la psychanalyse. Freud a reconnu l'importance de l'éducation pour la civilisation, mais il a critiqué la pédagogie de son temps pour refléter la morale civilisée moderne, provoquant des névroses. Les fins de l'éducation sont néfastes si elles ignorent les désirs inconscients et les conflits qu'elles provoquent face aux exigences du monde extérieur. La théorie de la sexualité infantile nous a permis de penser à une psychanalyse ou à une éducation pédagogique. Mais cet espoir s'est terminé lorsque Freud a construit la deuxième théorie de la pulsion. Si, en 1911, il définit l'éducation comme une incitation à conquérir le principe du plaisir et à le remplacer par le principe de réalité, en 1925, averti par la pulsion de mort, il commence à placer l'éducation comme l'une des trois professions impossibles. Éduquer, analyser et gouverner sont des tâches impossibles car, filles de la science moderne, elles partent du réel comme impossible
The article starts from questions about the possible dialogue between education and psychoanalysis. Freud recognized the importance of education for civilization, but he criticized the pedagogy of his time for reflecting modern civilized morality, causing neuroses. The ends of education are harmful if they are unaware of the unconscious desires and the conflicts they cause in the face of the demands of the outside world. The theory of child sexuality allowed us to think about an education or a pedagogy psychoanalytic. But this hope ended when Freud constructed the second drive theory. If, in 1911, he defined education as an incentive to conquer the pleasure principle and replace it with the reality principle, in 1925, warned by the death drive, he started to place education as one of the three impossible professions. Educating, analyzing and governing are impossible tasks because, daughters of modern science, theystart from the real as impossible

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