Rev. Ciênc. Plur; 6 (2), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Não há como negar que a morte constitui uma realidade comum nos hospitais, especialmente em setores como Unidades de Terapia Intensiva. Apesar da morte fazer parte do ciclo natural da vida, os profissionais de Enfermagem, geralmente, não são adequadamente preparados para lidar com ela, o que muitas vezes gera sentimentos de sofrimento. Durante a formação acadêmica,o tema morte é pouco abordado e o profissional é incentivado a acreditar que somente a cura e a recuperação do paciente são características de um bom cuidado.Objetivo:
Conhecer e explorar as vivências emocionais pregressas dos enfermeiros perante a finitude/morte e o processo de morrer em cuidados intensivos.Método:
Estudo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa. Utilizou-se como instrumento um roteiro contendo 4 perguntas abertas. Foram entrevistados 10profissionais enfermeiros que fazem parte do quadro de funcionários daUnidade de Terapia Intensiva de um Hospital do Agreste de Pernambuco. Resultados:
Os resultados apontaram que a maior parte dos entrevistados referiu como sentimento negativo a tristeza diante do paciente em finitude, e como sentimento positivo compaixão. A principal dificuldade perante o doente em finitude foi a ausência de protocolos que definem e dão continuidade ao cuidado paliativo. O conforto como objetivo para aliviar a dor e sofrimento foi elencado como principal método para lidar com paciente em finitude. Constatou-se ainda o despreparo dos enfermeiros na graduação perante o processo de morrer. Conclusões:
As vivências dos enfermeiros perante a finitude podem causar adoecimento, visto que ainda se predominamsentimentos negativos na assistência, fato que pode ser explicado pela falta de preparação durante a graduação para lidar com a finitude/morte. Ainda há barreiras para implementar o cuidado paliativonasunidades de terapia intensiva, e associado a isto se tem a falta de compreensãopor parte dos profissionais enfermeirosnaparticipação da implementaçãodos cuidados paliativos (AU).
Introduction:
There is no denying that death is a common reality in hospitals, especially in sectors such as Intensive Care Units. Although death is part of the natural life cycle, nursing professionals are generally not adequately prepared to deal with it, which often generates feelings of suffering. During the academic training, the subject of death is little addressed and the professional is encouraged to believe that only the cure and recovery of the patient are characteristics of good care. Objective:
To know and explore the nurses past emotional experiences in the face of finitude/death and the process of dying in intensive care. Methods:
It is an exploratory study, descriptive of qualitative approach. A roadmap containing 4 open questions was used as a tool. We interviewed 10 nursing professionals who are part of the staff of the Intensive Care Unit of a Hospital do Agreste de Pernambuco.Results:
The results pointed out that most of the interviewees referred as negative feeling the sadness before the patient in finitude, and as positive feeling compassion. The main difficulty facing the finite patient was the absence of protocols that define and provide continuity to palliative care. Comfort as an objective to relieve pain and suffering was listed as the main method to deal with patients in finitude. It was also found that nurses were unprepared to die at the time of graduation.Conclusions:
Nurses experiences with finitude can cause illness, since negative feelings still prevail in care, which can be explained by the lack of preparation during graduation to deal with finiteness/death. There are still barriers to implement palliative care in intensive care units andassociated with this is the lack of understanding on the part of nursing professionals in participating in the implementation of palliative care (AU).
Introducción:
No se puede negar que la muerte es una realidad común en los hospitales, especialmente en sectores como las Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Aunque la muerte forma parte del ciclo natural de la vida, los profesionales de la enfermería no suelen estar adecuadamente preparados para afrontarla, lo que suele generar sentimientos de sufrimiento. Durante la formación académica, el tema de la muerte se aborda poco y se alienta al profesional a creer que sólo la curación y la recuperación del paciente son características de una buena atención.Objetivo:
Conocer y explorar las experiencias emocionales previas de las enfermeras con la finitud/muerte y el proceso de morir en cuidados intensivos.Metodología:
Se trata de un estudio exploratorio, descriptivo de unenfoque cualitativo. Se utilizó como instrumento un guión que contenía 4 preguntas abiertas. Entrevistamos a 10 enfermeras que forman parte de la UCI del Hospital do Agreste de Pernambuco. Resultados:
Los resultados mostraron que la mayoría de los entrevistados se refirieron como un sentimiento negativo a la tristeza en el cuidado del paciente en finitud. La principal dificultad ante el paciente en finitud era la ausencia de protocolos clínicos de cuidados paliativos. También se observó la falta de preparación de las enfermeras en el proceso de graduación para morir.Conclusiones:
Las experiencias de las enfermeras con la finitud pueden causar enfermedades, ya que los sentimientos negativos siguen predominando en los cuidados, lo que puede explicarse por lafalta de preparación durante la graduación para hacer frente a la finitud. Todavía existen obstáculos para aplicar los cuidados paliativos en las unidades de cuidados intensivos y, en relación con ello, hay una falta de comprensión por parte de los profesionales de la enfermería para participar en la aplicación de los cuidados paliativos (AU).