Cad. Saúde Pública (Online); 36 (6), 2020
Publication year: 2020
Resumo:
O objetivo do trabalho foi comparar biomarcadores em grupos de adolescentes classificados simultaneamente pelo índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal, mensurados por meio da pletismografia por deslocamento de ar. Estudo transversal com 533 adolescentes de 18 e 19 anos de São Luís, Maranhão, Brasil. O IMC foi classificado em adequado (< 25kg/m2) e excesso de peso (≥ 25kg/m2). Definiu-se percentual de gordura corporal elevado ≥ 25% para o sexo masculino e ≥ o feminino. Os adolescentes foram classificados em quatro grupos:
"eutrófico" (IMC e percentual de gordura corporal adequados), "obeso de peso normal" (IMC adequado com percentual de gordura corporal elevado), "excesso de peso com percentual de gordura corporal adequado" e "excesso de peso com percentual de gordura corporal elevado". As meninas registraram maiores valores de "obesidade de peso normal" (15,6%) e "excesso de peso com percentual de gordura corporal elevado" (17,1%). Os adolescentes "obesos de peso normal" apesentaram maiores médias para colesterol total (172,5mg/dL) e LDL-colesterol (103,5mg/dL). Aqueles com "excesso de peso e percentual de gordura corporal elevado" registraram a menor média para HDL-colesterol (43,2mg/dL) em relação aos outros grupos; maior média para interleucina-6 (2,7pg/mL) em relação aos "eutróficos" e "excesso de peso e percentual de gordura corporal adequado"; e maiores medianas para triglicerídeos (114,0mg/dL) e proteína C reativa (0,14ng/mL) em relação aos "eutróficos" e "obesos de peso normal". Os com "excesso de peso e percentual de gordura corporal adequado" apresentaram proteína C reativa igual aos com "excesso de peso e percentual de gordura corporal elevado". A avaliação do estado nutricional pelo IMC é limitada, pois 6,8% dos adolescentes registraram percentual de gordura corporal elevado apesar do IMC normal, além disto, os "obesos de peso normal" apresentaram dois biomarcadores piores que os adolescentes com "excesso de peso e percentual de gordura corporal elevado".
Resumen:
El objetivo del estudio fue comparar biomarcadores en grupos de adolescentes, clasificados simultáneamente por el índice de masa corporal (IMC) y porcentaje de grasa corporal (PGC), medido mediante pletismografía por desplazamiento de aire. Estudio transversal con 533 adolescentes de 18 y 19 años de São Luís, Maranhão, Brasil. El IMC fue clasificado en adecuado (< 25kg/m2) y exceso de peso (≥ 25kg/m2). Se definió el porcentaje de grasa corporal elevado ≥ 25% para el sexo masculino, y ≥ 30% para el femenino. Los adolescentes se clasificaron en cuatro grupos:
"eutrófico" (IMC y porcentaje de grasa corporal adecuados), "obeso de peso normal" (IMC adecuado con porcentaje de grasa corporal elevado), "exceso de peso con porcentaje de grasa corporal adecuado" y "exceso de peso con porcentaje de grasa corporal elevado". Las niñas tuvieron mayores valores de "obesidad de peso normal" (15,6%) y "exceso de peso con porcentaje de grasa corporal elevado" (17,1%). Los adolescentes "obesos de peso normal" presentaron mayores medias para colesterol total (172,5mg/dL) y LDL-colesterol (103,5mg/dL). Aquellos con "exceso de peso y porcentaje de grasa corporal elevado" tuvieron una media menor para HDL-colesterol (43,2mg/dL), en relación con los otros grupos; mayor media para interleucina-6 (2,7pg/mL), en relación a los "eutróficos" y "exceso de peso y porcentaje de grasa corporal adecuado"; y mayores medianas para triglicéridos (114,0mg/dL) y proteína C reactiva (0,14ng/mL), en relación a los "eutróficos" y "obesos de peso normal". Quienes tenían "exceso de peso y porcentaje de grasa corporal adecuado" presentaron proteína C reactiva igual a los de "exceso de peso y porcentaje de grasa corporal elevado". La evaluación del estado nutricional por el IMC es limitada, puesto que un 6,8% de los adolescentes presentaron porcentaje de grasa corporal elevado, a pesar del IMC normal, asimismo los "obesos de peso normal" tuvieron dos biomarcadores peores que los adolescentes con "exceso de peso y porcentaje de grasa corporal elevado".
Abstract:
The study aimed to compare biomarkers in groups of adolescents classified simultaneously according to body mass index (BMI) and body fat percentage measured by air displacement plethysmography. This was a cross-sectional study with 533 adolescents 18 to 19 years of age in São Luís, Maranhão, Brazil. BMI was classified as adequate (< 25kg/m2) versus excess weight (≥ 25kg/m2). High body fat percentage was defined as ≥ 25% for males and ≥ 30% for females. The adolescents were classified in four groups:
"normal weight" (adequate BMI and body fat percentage), "normal weight obese" (adequate BMI with high body fat percentage), "excess weight with adequate body fat percentage", and "excess weight with high body fat percentage". Girls showed higher proportions of "normal weight obesity" (15.6%) and "excess weight with high body fat percentage" (17.1%). "Normal weight obese" adolescents exhibited higher mean values for total cholesterol (172.5mg/dL) and LDL-cholesterol (103.5mg/dL). Those with "excess weight and high body fat percentage" showed lower mean HDL-cholesterol (43.2mg/dL) compared to the other groups, higher mean interleukin-6 (2.7pg/mL) than "normal weight" and "excess weight and adequate body fat percentage" adolescents, and higher median triglycerides (114.0mg/dL) and C-reactive protein (0.14ng/mL) than "normal weight" and "normal weight obese" adolescents. Those with "excess weight and adequate body fat percentage" exhibited the same C-reactive protein levels as those with "excess weight and high body fat percentage". Assessment of nutritional status by BMI alone is limited, since 6.8% of the adolescents presented high body fat percentage despite normal BMI, and those who were "normal weight obese" had two biomarkers that were worse than for adolescents with "excess weight and high body fat percentage".