Dança como uma intervenção para melhorar a mobilidade e o equilíbrio em idosos: uma revisão de literatura
Dance as an intervention to improve mobility and balance in elderly: a literature review

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 25 (5), 2020
Publication year: 2020

Resumo O objetivo da presente revisão foi identificar se protocolos de dança podem beneficiar a mobilidade e o equilíbrio em idosos. Foi realizada uma revisão de literatura na qual identificou-se 927 estudos potencialmente relevantes, publicados em português, inglês, francês, alemão, espanhol ou italiano. Não houve restrição de período de publicação. Após a leitura dos títulos, resumos e revisão dos critérios de exclusão, 15 ensaios clínicos controlados e randomizados foram incluídos. A maioria dos estudos avaliaram pessoas do gênero feminino, com protocolos de intervenção heterogêneos e grupos controles pouco específicos. Além disso, o período de exposição à dança foi geralmente curto: aproximadamente 2,6 práticas semanais, de 59,1 minutos cada, realizadas ao longo de 12,1 semanas. A dança mostrou-se benéfica em 77,6% dos desfechos avaliados, exibindo um tamanho de efeito moderado para o equilíbrio estático e equilíbrio funcional; embora pequeno para mobilidade e força/resistência dos membros inferiores. Contudo, estudos futuros com o uso de grupos controles específicos e adoção de protocolos mais duradouros são necessários para avaliar o real tamanho de efeito que a dança possui sobre a manutenção da mobilidade e equilíbrio em idosos.
Abstract The aim of the present review was to identify whether dance protocols can benefit mobility and balance in elderly. A literature review was conducted in which 927 potentially relevant studies were identified (published in Portuguese, English, French, German, Spanish or Italian). There was no publication period restriction. After reading the titles, abstracts and review of the exclusion criteria, 15 randomized controlled trials were included. Most of the studies evaluated female subjects, using heterogeneous protocols of intervention and unspecific control groups. In addition, the period of exposure to dance was generally short: 2.6 weekly practices, of 59.1 minutes each, performed through 12.1 weeks. Dance was shown to be beneficial in 77.6% of the evaluated outcomes, exhibiting a moderate effect size for static balance and functional balance; and small effect size for mobility and strength/resistance of the lower limbs. However, future studies with the use of specific control groups and adoption of longer lasting protocols are necessary to evaluate the actual size effect that dance has on the maintenance of mobility and balance in elderly.

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