Nationwide use of psychotropic drugs for treatment of self-reported depression in the Brazilian urban adult population
Uso nacional de drogas psicotrópicas no tratamento da depressão autorreferida na população adulta urbana brasileira
Rev. bras. epidemiol; 23 (), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT:
Objective: Antidepressant use is increasing worldwide, but national data on psychotropic drug use by depressed patients in Brazil is lacking.Methodology:
Between 2013 and 2014, a representative sample of urban adult individuals were asked if they had a diagnosis of chronic disease, had a medical indication for drug treatment, and were taking chronic medications at the time for each reported diagnosis. We analyzed the frequencies of reported depression and the medications related to this disease.Results:
Overall, 6.1% of respondents reported depression. The prevalence increased with age - 9.5% among the elders - was higher among women (8.9%) and in the south of the country (8.9%). As a single disease, the prevalence of depression was higher among young people (17.6%). Among those with multimorbidity, the prevalence of depression rose to 25.7%. Of those who reported depression, 81.3% had medical indication for treatment and 90.3% were under treatment - this proportion was lower among young people (84.5%) and those living in the poorest region (78.6%). Antidepressants accounted for 47.2% of psychotropic drugs taken by respondents with depression, with regional differences - only 30% used antidepressants in the North. Polypharmacy was reported by 22% of those with depression and other chronic diseases.Conclusion:
Depression in Brazil, is common among young adults as a single chronic disease and highly prevalent among people with chronic multimorbidity, especially the young. The treatment gap was larger among young people and in the less developed regions of the country.RESUMO:
Objetivo: O uso de antidepressivos está aumentando em todo o mundo, mas faltam dados nacionais sobre o uso de drogas psicotrópicas por pacientes deprimidos no Brasil.Metodologia:
Entre 2013 e 2014, uma amostra representativa de indivíduos adultos urbanos foi questionada sobre a presença diagnóstica de doença crônica, a indicação médica para tratamento medicamentoso e o uso de medicamentos crônicos à época de cada diagnóstico relatado. Foram analisadas as frequências de depressão relatada e os medicamentos relacionados a essa doença.Resultados:
No geral, 6,1% dos entrevistados relataram depressão. A prevalência aumentou com a idade (9,5% entre os idosos) foi maior entre as mulheres (8,9%) e no sul do país (8,9%). Como doença única, a prevalência de depressão foi maior entre os jovens (17,6%). Entre aqueles com multimorbidade, a prevalência de depressão subiu para 25,7%. Dos que relataram depressão, 81,3% tinham indicação médica para tratamento e 90,3% estavam em tratamento - essa proporção foi menor entre os jovens (84,5%) e os que moram na região mais pobre (78,6%). Os antidepressivos representaram 47,2% dos medicamentos psicotrópicos tomados pelos entrevistados com depressão, com diferenças regionais - apenas 30% usavam antidepressivos no Norte. Polifarmácia foi relatada por 22% das pessoas com depressão e outras doenças crônicas.Conclusão:
A depressão no Brasil é comum entre adultos jovens como doença crônica única e altamente prevalente entre as pessoas com multimorbidade crônica, principalmente os jovens. A lacuna de tratamento foi maior entre os jovens e nas regiões menos desenvolvidas do país.
Distribución por Edad, Antidepresivos/uso terapéutico, Brasil/epidemiología, Estudios Transversales, Trastorno Depresivo/tratamiento farmacológico, Trastorno Depresivo/epidemiología, Persona de Mediana Edad, Polifarmacia, Psicotrópicos/uso terapéutico, Autoinforme, Distribución por Sexo, Factores Socioeconómicos, Población Urbana/estadística & datos numéricos