Avaliação do índice de vulnerabilidade clínico-funcional em idosos
Evaluation of the clinical-functional vulnerability index in older adults

Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online); 22 (6), 2019
Publication year: 2019

OBJETIVO:

Avaliar o índice de vulnerabilidade clínico-funcional (IVCF) em idosos e sua relação com indicadores socioeconômicos, comportamentais e clínico-terapêuticos.

MÉTODO:

Estudo epidemiológico transversal de desenho quantitativo com 318 idosos vinculados à Estratégia Saúde da Família e aleatoriamente sorteados. Os dados foram coletados por meio do questionário IVCF-20 e a análise subsidiada pela estatística descritiva, bivariada e multivariada, considerando significância quando o p-valor <0,05.

RESULTADO:

A maior parte dos idosos (59,1%) é considerada frágil ou potencialmente frágil. Entre os grupos estudados, houve diferença estatisticamente significativa do IVCF com relação às variáveis faixa etária (p<0,001), alfabetização funcional (p=0,001), consumo de álcool (p<0,001), prática de exercícios físicos (p<0,001), problemas de saúde autorreferidos (p<0,001) e uso de medicamentos (p<0,001), além de correlação positiva com o estresse (r=0,135; p=0,016). No modelo de regressão linear múltipla, o conjunto de variáveis preditoras sociodemográficas explicam a fragilidade de idosos em 30,4% (R2=0,304).

CONCLUSÃO:

O avançar da idade, enquanto variável não controlável, aponta a necessidade de estimular a manutenção da funcionalidade na velhice a partir da proposição de estratégias de atenção à saúde de modo a prolongar a longevidade com segurança, autonomia e vitalidade. AU

OBJECTIVE:

To evaluate the clinical-functional vulnerability index (CFVI) of older adults and its relationship with socioeconomic, behavioral, clinical and therapeutic indicators.

METHOD:

A cross-sectional epidemiological study with a quantitative design was performed with 318 randomly drawn older adults registered with the Family Health Strategy. Data were collected through the CFVI-20 questionnaire and analysis was supported by descriptive, bivariate and multivariate statistics, with results with p-value <0.05 considered significant.

RESULT:

most older adults (59.1%) were considered frail or potentially frail. Among the groups studied, there was a statistically significant difference in the CFVI for the variables age group (p<0.001), functional literacy (p=0.001), alcohol consumption (p<0.001), physical exercise (p<0.001), self-reported health problems (p<0.001) and medication use (p<0.001), as well as a positive correlation with stress (r=0.135; p=0.016). In the multiple linear regression model, the set of sociodemographic predictor variables explained the frailty of the elderly by 30.4% (R2=0.304).

CONCLUSION:

The advancement of age, as a non-controllable variable, indicates a need to encourage the maintenance of functionality in old age, based on the health care strategies that prolong longevity with safety, autonomy and vitality.

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