Alinhavos para pensar o presente: arte de Rosana Paulino e Beth Moysés
Outlines to think about the present: arte de Rosana Paulino y Beth Moysés
Diseños para el pensamiento del presente: art of Rosana Paulino and Beth Moysés
Rev. polis psique; 10 (1), 2020
Publication year: 2020
Neste texto busco articular mulheres, arte e política como dimensões para pensar o presente. A
produção artística é utilizada como dispositivo para problematizar o que nos acontece e
enxergar o que deveria ser intolerável, bem como procurar os germens de vida que possam
descolonizar o pensamento e o desejo. Rosana Paulino e Beth Moysés são artistas com
reconhecimento internacional e apontam questões sobre o que é ser/estar mulher e não branco
ao desnaturalizarem as violências e violações cotidianas e históricas do projeto colonial e
patriarcal. Quais são as dores e os silêncios nas obras comentadas? Quanto de violência há em
ser/estar mulher ou em corpos generificados, feminizados e racializados? É sobre as políticas
de vida e morte vigentes que as artistas contribuem para colocar em análise. Ambas usam a arte
como estratégia de luta e resistência na construção de estéticas feministas com potência para
produzir transformações na sensibilidade coletiva.
In this text I seek to articulate women, art and politics as dimensions for thinking about the present. Artistic production is used as a device to problematize what happens to us and to see what should be intolerable, as well as to look for the germs of life that can decolonize thought and desire. Rosana Paulino and Beth Moysés are internationally recognized artists and raise questions about what it is to be female and non-white by denaturalizing the daily and historical violence and violations of the colonial and patriarchal project. What are the pains and silences in the commented works? How much violence is there in being a woman or gendered, feminized and racialized bodies? It is about the policies of life and death in force that the artists contribute to put into analysis. Both use art as a strategy of struggle and resistance in building powerful feminist aesthetics to produce transformations in collective sensibility.
En este texto busco articular a las mujeres, el arte y la política como dimensiones para pensar
sobre el presente. La producción artística se utiliza como un dispositivo para problematizar lo
que nos sucede y ver lo que debería ser intolerable, así como para buscar los gérmenes de la
vida que pueden descolonizar el pensamiento y el deseo. Rosana Paulino y Beth Moysés son
artistas reconocidos internacionalmente y plantean preguntas sobre lo que es ser mujer y no
blanca al desnaturalizar la violencia y las violaciones cotidianas e históricas del proyecto
colonial y patriarcal. ¿Cuáles son los dolores y silencios en las obras comentadas? ¿Cuánta
violencia hay en ser mujer o en cuerpos de género, feminizados y racializados? Se trata de las
políticas de vida y muerte vigentes que los artistas contribuyen a analizar. Ambas usan el arte
como una estrategia de lucha y resistencia en la construcción de una poderosa estética feminista
para producir transformaciones en la sensibilidad colectiva.