Articulações GAM em Santos e a partir de Santos
GAM’s articulations in and from the city of Santos
Articulaciones sobre la GAM en Santos y desde Santos

Rev. polis psique; 10 (2), 2020
Publication year: 2020

Neste artigo compartilhamos reverberações de uma experiência formativa na cidade de Santos, em São Paulo, e da articulação de um Observatório Internacional de Práticas de Gestão Autônoma da Medicação (GAM), com vistas à produção de estratégias emancipatórias e libertárias em saúde mental. Nos últimos anos, novas ações de cuidado baseadas no paradigma da Atenção Psicossocial vêm sendo propostas sem, entretanto, serem acompanhadas de forma a evidenciar suas potencialidades e limitações no cotidiano dos serviços. A partir de metodologia participativa e colaborativa, percebemos que a formação para a GAM traz materialidade aos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira, possibilitando aos trabalhadores um exercício radical de problematização de aspectos sutis e pouco incorporados em suas práticas, convocando a um percurso a ser feito junto dos usuários. Especificamente, junto a pessoas com problemas com drogas, ressaltamos a inseparabilidade do debate sobre as drogas prescritas e não prescritas, presente nas experimentações e buscas pelo prazer, pelo alívio da dor, pela construção de lugar nas relações de consumo, e pela reinvenção de possíveis. Acreditamos que o Observatório GAM viabilizará a difusão da incidência da GAM sobre as diferentes das práticas manicomiais do contemporâneo, necessariamente, medicalizantes.
In this article, we share reverberations of a formative experience in the city of Santos, in São Paulo, and in the articulation of an International Observatory of Medication Management Practices (GAM), with a view to the production of emancipatory and libertarian statistics in mental health . In recent years, the new care actions adopted in the Psychosocial Care paradigm have been applied without, however, being monitored in order to highlight their potential and the unused permissions in daily services. Based on a participatory and collaborative methodology, it is perceived that the training for GAM brings materiality to the principles of the Brazilian Psychiatric Reform, allowing workers a radical exercise of problematizing subtle aspects and little incorporated in their practices, summoning a student to be done together of users. Specifically, with people with drug problems, we highlight the inseparability of the debate about prescription and non-prescription drugs, present in experiences and in the search for pleasure, for the wear of pain, for the construction of a place in consumption relationships and for the reinvention of possible ones. We believe that the GAM Observatory enables the dissemination of GAM on the different imposed, medicalizing manicomic practices of the contemporary.
En este artículo, compartimos las reverberaciones de una experiencia formativa en la ciudad de Santos, en São Paulo, y en la articulación de un Observatorio Internacional de Prácticas de Gestión de Medicamentos (GAM), con miras a la producción de estadísticas emancipadoras y libertarias en salud mental. . En los últimos años, las nuevas acciones de atención adoptadas en el paradigma de la Atención Psicosocial se han aplicado sin, sin embargo, ser monitoreadas para resaltar su potencial y los permisos no utilizados en los servicios diarios. Basado en una metodología participativa y colaborativa, se percibe que la capacitación para GAM aporta materialidad a los principios de la Reforma Psiquiátrica brasileña, permitiendo a los trabajadores un ejercicio radical de problematizar aspectos sutiles y poco incorporados en sus prácticas, convocando a un estudiante para que se hagan juntos de usuarios. Específicamente, con personas con problemas de drogas, destacamos la inseparabilidad del debate sobre los medicamentos recetados y no recetados, presente en las experiencias y en la búsqueda del placer, el desgaste del dolor, la construcción de un lugar en las relaciones de consumo y la reinvención de los posibles. Creemos que el Observatorio GAM permite la difusión de GAM en las diferentes prácticas manicómicas medicalizadas impuestas y contemporáneas.

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