Estratégias de defesa contra o sofrimento no trabalho de docentes da pós-graduação stricto sensu
Defensive strategies against suffering at work by stricto sensu postgraduate professors
Cad. psicol. soc. trab; 22 (2), 2019
Publication year: 2019
O estudo objetivou identificar as estratégias de defesa contra o sofrimento no trabalho desenvolvidas por docentes da pós-graduação stricto sensu. Trata-se de pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. Participaram 47 docentes de uma universidade do Sul do Brasil, que responderam a um questionário baseado no Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento, sendo que dois representantes de cada um dos sete programas de pós-graduação stricto sensu da universidade também foram entrevistados. A investigação foi aprovada no Comitê de Ética da instituição e a coleta de dados ocorreu entre outubro de 2018 e março de 2019. Os docentes utilizam, predominantemente, estratégias de defesa individuais, dentre elas a psicoterapia, a religiosidade/espiritualidade e o apoio da família, seguidas, timidamente, de estratégias coletivas, estas centradas na boa relação com os colegas de trabalho e discentes, que são responsáveis por ressignificar as práticas laborais, contudo requerem mais investimento das instituições. Tais achados geram preocupação, uma vez que se entende que é na coletividade que ocorre a cooperação, a relação empática, a dialogicidade e a transformação da realidade laboral.
The study aimed to identify the defensive strategies against suffering at work developed by stricto sensu graduate professors. It was a descriptive research with a qualitative approach. Forty-seven professors from a university in the South of Brazil participated, who answered a questionnaire based on the Inventory on Work and Illness Risks, two representatives from each of the university's seven stricto sensu graduate programs were also interviewed. The investigation was approved by the institution's Ethics Committee and data collection took place between October 2018 and March 2019. Professors use, predominantly, individual defense strategies, among them are psychotherapy, religiosity/spirituality and family support, shyly followed by collective strategies, these centered on a good relationship with co-workers and students, who are responsible for giving new meaning to work practices, however they require more investment from the institutions. Such findings generate concern once it is understood that it is in the collectivity that occurs cooperation, empathic relationship, dialogicity, and transformation of work reality.