Mulheres detentas do Recife-PE: saúde e qualidade de vida
Mujeres reclusas en Recife-PE: salud y calidad de vida
Incarcerated women of Recife- PE: Health and quality of life

Esc. Anna Nery Rev. Enferm; 24 (4), 2020
Publication year: 2020

RESUMO Objetivos Identificar o perfil social, hábitos de vida e morbidades referidas, de mulheres detentas; identificar a Qualidade de Vida-QV dessas mulheres e associá-la às variáveis perfil social, hábitos de vida e morbidades referidas. Método Pesquisa transversal, correlacional, de campo, com abordagem quantitativa, realizada com 287 detentas, no período de 15 de outubro a 16 de novembro de 2018. Utilizou-se para avaliar a qualidade de vida o WHOQOL-Bref. Resultados A média dos escores da Qualidade de Vida Geral das detentas foi baixa (46), o domínio com maior média foi o Físico e o menor o Meio Ambiente. As morbidades mais referidas foram dor musculoesquelética (52,9%) e doenças respiratórias (25,4%). Houve associação entre a QV e a avaliação ruim / péssima da saúde, em todos os domínios e das morbidades referidas na maioria deles. Conclusões e Implicações para a prática As morbidades referidas, a avaliação negativa da saúde, alguns hábitos de vida e a estrutura da prisão interferiram na percepção da QV das detentas. Conhecer o perfil social e de saúde das mulheres e as situações vivenciadas no cárcere, pode contribuir para o planejamento de intervenções que possam minimizar os agravos à saúde e o impacto na qualidade de vida dessas mulheres.
RESUMEM Objetivos Identificar el perfil social, los hábitos de vida y las morbilidades referidas de las mujeres reclusas; identificar la Calidad de Vida (QV) de estas mujeres y asociarla con variables sociodemográficas, hábitos de vida y morbilidades referidas. Método Investigación transversal, correlacional, de campo, con un enfoque cuantitativo, realizada con 287 reclusas, en el periodo del 15 de octubre al 16 de noviembre de 2018. El WHOQOL-Bref se utilizó para evaluar la calidad de vida. Resultados Los escores promedios de la calidad general de vida de las reclusas fue baja (46), el dominio con la media más alta fue el Físico y el más bajo el Medio Ambiente. Las morbilidades más referidas fueron dolor musculoesquelético (52,9%) y enfermedades respiratorias (25,4%). Hubo asociación entre la QV y la evaluación mala/pésima de la salud en todos los dominios y morbilidades referidas en la mayoría de ellos. Conclusiones e implicaciones para la práctica Las morbilidades referidas, la evaluación negativa de la salud, algunos hábitos de vida y la estructura de la prisión interfirieron en la percepción de QV de las reclusas. Conocer el perfil social y de salud de las mujeres y las situaciones experimentadas en prisión puede contribuir a la planificación de intervenciones que puedan minimizar los problemas de salud y el impacto en la calidad de vida de estas mujeres.
ABSTRACT Objectives To identify the social profile, lifestyle habits, and morbidities of women prisoners; to identify their quality of life (QoL) and to associate this with the sociodemographic variables, lifestyle habits, and morbidities reported. Method This cross-sectional, correlational, quantitative field study was conducted with 287 incarcerated women, from October 15 to November 16, 2018. The WHOQOL-Bref was used to assess their quality of life. Results The mean score of the prisoners' Overall Quality of Life was low (46). The Physical domain presented the highest mean and the Environment the lowest. The most commonly reported morbidities were musculoskeletal pain (52.9%) and respiratory diseases (25.4%). There was an association between QoL and the assessment of poor/very poor health in all the domains and the morbidities reported in the majority of them. Conclusions and implications for the practice The morbidities reported the negative assessment of health, some lifestyle habits, and the prison structure interfered with the prisoners' perception of QoL. Identifying the social and health profile of the women and the situations experienced in prison can contribute to the planning of interventions that can minimize health problems and the impact on their quality of life.

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