Autolesão não suicida entre adolescentes: significados para profissionais da educação e da Atenção Básica à Saúde
Autolesión no suicida entre adolescentes: significados para profesionales de educación y Atención Primaria de Salud
Non-suicidal self-injury among adolescents: meanings for education and Primary Health Care professionals
Esc. Anna Nery Rev. Enferm; 24 (4), 2020
Publication year: 2020
RESUMO Objetivo conhecer as percepções dos profissionais da educação e da saúde acerca da autolesão não suicida em adolescentes. Método pesquisa qualitativa, tendo como referencial teórico o Interacionismo Simbólico. Coleta de dados realizada junto a 20 profissionais de uma escola e de uma Unidade de Saúde da Família de São Carlos-SP, por meio de grupos focais e diário de campo. A análise de dados se deu pela modalidade temática indutiva. Resultados revelou-se que a adolescência ainda é vista como período de transição, e a autolesão emerge como passageira e pela busca por atenção. Reforça-se a banalização, principalmente, pela crença do efeito contágio, em que os adolescentes reproduzem o ato realizado por pares. As relações familiares e com a Internet são sinalizadas como propagadoras do fenômeno. Frente a esses significados, o cuidado é fragilizado, baseado em ações pontuais. Conclusão e implicações para a prática os profissionais agem frente à autolesão na adolescência de acordo com os significados que são construídos por eles. É urgente a necessidade de educação permanente sobre tais questões, o delineamento de ações promotoras de saúde mental no contexto escolar e construção de protocolos para cuidado intersetorial.
RESUMEN Objetivo conocer las percepciones de los profesionales de educación y salud sobre la autolesión no suicida en adolescentes. Método investigación cualitativa, con el interaccionismo simbólico como marco teórico. Recolección de datos realizada con 20 profesionales de una escuela y una Unidad de Salud Familiar en São Carlos-SP, por medio de grupos focales y diarios de campo. El análisis de los datos se realizó utilizando la modalidad temática inductiva. Resultados La adolescencia todavía se ve como una fase, y la autolesión surge como pasajera y la búsqueda de atención, reforzada por la trivialización y el efecto de contagio. Las relaciones familiares y de Internet se señalan como propagadores del fenómeno. En vista de estos significados, la atención es frágil, ya que se basa en acciones específicas. Conclusión e implicaciones para la práctica los profesionales actúan contra la autolesión en la adolescencia de acuerdo con los significados que estos construyen. Existe una necesidad urgente de educación continua sobre estos temas, el diseño de acciones que promuevan la salud mental en el contexto escolar y la construcción de protocolos para la atención intersectorial.
ABSTRACT Objective to understand the perceptions of the health and education professionals about non-suicidal self-injury among adolescents. Method qualitative research, with Symbolic Interactionism as its theoretical framework. Data collection carried out with 20 professionals from a school and a Family Health Unit in São Carlos-SP, through focus groups and field diaries. Data analysis was carried out using the inductive thematic modality. Results It was revealed that adolescence is still seen as a period of transition, and self-injury emerges as transitioning and as the search for attention. Trivialization is reinforced, mainly due to the belief of the contagion effect, in which adolescents reproduce the act performed by peers. Family and Internet relations are signaled as propagators of the phenomenon. In view of these meanings, care is fragile, being based on specific actions. Conclusion and implications for the practice professionals act against self-injury in adolescence according to the meanings that are constructed by them. There is an urgent need for continuing education on such issues, the design of actions promoting mental health in the school context and the construction of protocols for intersectoral care.