Rev. latinoam. bioét; 19 (2), 2019
Publication year: 2019
Resumen:
La discapacidad ha tenido diferentes conceptualizaciones, incluyendo aportes religiosos, científicos, médicos y sociales. El modelo médico es fundamental en la prevención y la rehabilitación adecuada, sin embargo, es también un gran generador de discapacidad. El objetivo de este trabajo es presentar la relación del modelo médico de discapacidad y el enfoque biomédico como generadores de discapacidad y proponer una aproximación teórica a nuevos modelos y enfoques que permitan un abordaje ético-ontológico. El presente es un artículo de exposición en dos etapas:
en la primera se hizo una revisión de literatura sobre discapacidad. En la segunda, se presentan los resultados de la discusión entre los autores para comparar e identificar argumentos y contraargumentos de los modelos tradicionales, con respecto a las nuevas formas de análisis con una visión desde la bioética. Una de las principales conclusiones de este análisis es que el modelo médico ha hecho aportes fundamentales en la conceptualización y clasificación de la discapacidad; sin embargo, el enfoque mono -causal positivista termina favoreciendo la medicalización, la discapacidad y demanda más recursos. La discapacidad es un asunto en evolución en el que interactúan las deficiencias individuales y las barreras personales y ambientales, por lo que es necesario superar el paradigma médico y fortalecer el biopsicosocial.
Abstract:
Disability has had different conceptualizations, which have included religious, scientific, medical and social contributions. The medical model is fundamental for appropriate prevention and rehabilitation. The goal of this paper is to show the relationship of the disability medical model and the biomedical approach as generators of disability and to propose a theoretical approach to new models and perspectives that allow for an ethical-ontological approach. This is an expository article presented in two stages:
in the first one a literature review on disability was carried out. In the second one, the results of the discussion are presented amongst the authors to compare and identify arguments and counterarguments of the traditional models, with regards to the forms of analysis with a view from bioethics. One of the main conclusions of this analysis is that the medical model has made fundamental contributions to the conceptualization of disability; however, the positivistic monocausal approach ends up favoring medicalization, disability and it demands more resources. Disability is a subject in evolution where the individual deficiencies and the personal and environmental barriers interact, therefore it is necessary to overcome the medical paradigm and to strengthen the biopsychosocial.
Resumo:
O conceito de deficiência recebeu diferentes contribuições, incluindo as religiosas, científicas, médicas e sociais. O modelo médico é fundamental na prevenção e reabilitação adequada, no entanto, é também um grande gerador de deficiências. O objetivo deste trabalho é apresentar a relação do modelo médico de deficiência e do enfoque biomédico como geradores de deficiência e propor uma aproximação teórica para novos modelos e enfoques que permitam uma abordagem ético-ontológica. Trata-se de um artigo de exposição em duas etapas: na primeira, foi feita uma revisão da literatura sobre deficiência. Na segunda, são apresentados os resultados da discussão entre os autores para comparar e identificar argumentos e contra-argumentos dos modelos tradicionais, no que diz respeito às novas formas de análise a partir da bioética. Uma das principais conclusões dessa análise é que o modelo médico fez contribuições fundamentais na conceituação e classificação da deficiência. No entanto, o enfoque monocausal positivista acaba favorecendo a medicalização e a deficiência, além de demandar mais recursos. A deficiência é uma questão em evolução, na qual as carências individuais e as barreiras pessoais e ambientais interagem, sendo necessário superar o paradigma médico e fortalecer o biopsicossocial.