Alimentação saudável: a percepção de escolares sobre si próprios
Healthy eating, schoolchildren perception about themselves
Alimentación saludable: la percepción de escolares sobre sí mismos
Rev. salud pública; 21 (3), 2019
Publication year: 2019
RESUMO Objetivo Avaliar a percepção de escolares entre 7 a 10 anos de uma escola pública de Natal-RN sobre alimentação saudável. Método Estudo descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, mediante entrevista de grupo focal com 29 escolares com média de 8,8 anos de idade. A análise foi auxiliada pelo software IRAMUTEQ e apoiada no conceito de percepção de Merleau-Ponty. Resultados A percepção das crianças sobre alimentação saudável esteve associada aos alimentos in natura e preparações culinárias, identificando-se conceitos adquiridos na escola sobre o tema, além de professores criticando o consumo de alimentos ultraprocessados. Houve relatos de predileção por determinadas merendas da escola e rejeição de outras. As crianças citaram a presença de alimentos não saudáveis na merenda. Quanto ao papel da família foram citados pais orientando para o consumo saudável ao mesmo tempo em que estimulavam o consumo de alimentos industrializados em casa ou forneciam dinheiro para que os escolares os comprassem. Muitas crianças não consumiam alimentos saudáveis, sobretudo frutas e verduras por considerarem de sabor desagradável. Conclusão A percepção das crianças sobre alimentos saudáveis foi influenciada pela escola, família e mídia. Embora elas possuíssem noção do que seria uma alimentação saudável, o prazer conferido por alimentos industrializados conduzia a práticas não saudáveis. Os achados evidenciam a necessidade de um olhar ampliado pelos profissionais envolvidos nesse papel de estimular e direcionar para práticas saudáveis.(AU)
ABSTRACT Objective To evaluate the perception of schoolchildren between 7-10 years of a public school in Natal-RN about healthy eating. Method Descriptive study, with quantitative and qualitative approach by focus group interviews with 29 students whose average age was 8.8 years. The analysis was aided by IRAMUTEQ software and supported the concept of perception of Merleau-Ponty. Results Children's perception about healthy eating was associated with fresh foods and culinary preparations. We identified concepts acquired at school on the topic, as well as teachers criticizing the consumption of ultra-processed foods. There were reports of predilection for certain school meals and rejection of others. In addition, children have cited the presence of unhealthy foods served at school. Regarding the role of families, parents were cited in the role of guide for a healthy consumption at the same time they encouraged to consumption of processed foods at home or they provided money to buy them. Many children did not consume healthy foods, mainly fruits and vegetables because they consider unpalatable. Conclusion The perception of children about healthy foods was influenced by school, family and media. Although they possessed sense of what would be a healthy feed, the pleasure in eating processed foods led to unhealthy practices. The findings show the need for a look magnified by the professionals involved in this role to stimulate and drive healthy practices.(AU)
RESUMEN Objetivo Evaluar la percepción de escolares entre 7 y 10 años de una escuela pública de Natal-RN sobre alimentación saludable. Método Estudio descriptivo con enfoque cuantitativo y cualitativo, mediante entrevista de grupo focal con 29 escolares con una media de 8,8 años de edad. El análisis fue ayudado por el software IRAMUTEQ y apoyado en el concepto de percepción de Merleau-Ponty. Resultados La percepción de los niños sobre alimentación saludable estuvo asociada a los alimentos in natura y preparaciones culinarias, con las que identifican conceptos adquiridos en la escuela sobre el tema. Sus profesores criticaron el consumo de alimentos ultraprocesados. Hubo declaraciones sobre la predilección por ciertas meriendas de la escuela y rechazo hacia otras. Los niños citaron la presencia de alimentos no saludables en la merienda. En cuanto al papel de la familia, encontramos casos en los que padres de familia orientan a sus hijos hacia el consumo saludable, al mismo tiempo que estimulan el consumo de alimentos industrializados en casa o dando dinero para que los escolares los compren. Muchos niños no consumían alimentos saludables, sobre todo frutas y verduras, por considerarlas de sabor desagradable. Conclusión La percepción de los niños sobre los alimentos saludables estaba influenciada por la escuela, la familia y los medios de comunicación. Aunque eran conscientes de lo que sería una alimentación sana, el placer de los alimentos industrializados condujo a prácticas poco saludables. Los hallazgos evidencian la necesidad de una mirada ampliada por los profesionales involucrados en el papel de estimularlos y dirigirlos hacia prácticas saludables.(AU)