Prevalência de barreiras para a prática de atividade física no tempo livre em pacientes com hipertensão arterial
Prevalence of barriers to the practice of physical activity in free time in patients with hypertension

Rev. bras. ativ. fís. saúde; 24 (), 2019
Publication year: 2019

O objetivo deste estudo foi identificar as barreiras e o estágio de mudança de comportamento para a prática de atividade física no tempo livre em uma amostra de pacientes com hipertensão arterial. Estudo transversal realizado com 55 pacientes (69,1% de mulheres, idade entre 31-89 anos) que frequentavam o Modelo de Atenção as Condições Crônicas de uma Unidade Básica de Saúde de Guarapuava, Paraná. As barreiras para prática de atividades físicas foram determinadas por instrumento padronizado e validado. Dezenove barreiras foram classificadas em “barreira percebida” (sempre e quase sempre) e “barreira não-percebida” (às vezes, raramente e nunca). As barreiras foram categorizadas nas dimensões ambientais, sociais, fisiológicas/físicas e psicológicas/comportamentais. Os estágios de prontidão foram usados para classificar os pacientes em “ativos” (estágios ação e manutenção) e “não ativos” (estágios pré-contemplação, contemplação e preparação). A frequência (%) de barreiras percebidas foi associada à prontidão para prática de atividades físicas por meio do teste Qui-quadrado e Exato de Fisher.

As três barreiras mais prevalentes foram:

“falta de energia ou cansaço” (54,5%), “falta de clima adequado” (47,3%) e “limitações físicas” (42,6%). Foram identificadas 10 barreiras mais frequentes em pacientes não ativos comparados aos ativos, sendo quatro fisiológicas/físicas, três psicológicas/comportamentais, duas ambientais e uma social. Pacientes obesos apresentaram maior quantidade de barreiras fisiológicas/físicas que os não-obesos. Considerando os fatores limitantes na incorporação de uma vida mais ativa em pacientes hipertensos, o presente estudo pode auxiliar a estabelecer estratégias específicas no contexto da atenção básica
The objective of this study was to identify barriers and the stage of behavioural changes for physical activity in the free time in hypertensive patients. This is a cross-sectional study with 55 patients (69.1% women, age range 31-89 years) who were attending to the Chronic Conditions Attention Model in a Basic Unit of Health from Guarapuava, Paraná, Brazil. Barriers for physical activity were determined by a validated instrument. Nineteen barriers were classified as “perceived barrier” (always and almost always) and “non-perceived barrier” (sometimes, rarely, and never).

Barriers were categorized in the following dimensions:

environmental, social, physiological/physical, psychological/behavioural. The stages of change were used to classify patients as “active” (stages action and maintenance) and “non-active” (stages pre-contemplation, contemplation, and preparation). The frequency (%) of perceived barriers was associated with the activity levels by the Chi-square test and Fisher Exact test.

The three most prevalent barriers were:

“lack of energy or tiredness” (54.5%), “lack of adequate weather” (47.3%) and “physical limitations” (42.6%). Ten barriers were identified to be more frequent in the non-active patients compared to the active ones, with four from the physiological/physical dimension, three psychological/behavioural, two environmental and one social. Obesity patients had more physiological/physical barriers than the non-obese ones. Given the limitation factors to incorporate a more physically active lifestyle in hypertensive patients, the present study can assist in establishing specific strategies in the health basic attention setting

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