Online braz. j. nurs. (Online); 17 (1), 2018
Publication year: 2018
OBJETIVO:
desvelar a percepção de enfermeiras que atuam no planejamento familiar quanto à vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis (IST) de mulheres que participaram dessa atividade. MÉTODO:
pesquisa descritiva, qualitativa, realizada em hospital universitário, no Rio de Janeiro, com nove enfermeiras. Utilizou-se a análise de conteúdo temática. RESULTADOS:
as enfermeiras percebem as mulheres como vulneráveis em decorrência das desigualdades de gênero, que se manifesta pela responsabilização exclusiva delas quanto à proteção contra IST e medidas contraceptivas, falta de acompanhamento do parceiro e culpabilização das mulheres pelas gestações indesejadas. A dominação masculina foi atribuída ao fato de o homem querer determinar como será a proteção e/ou contracepção na relação sexual. Ademais, expressaram dificuldade dessas mulheres para negociação do sexo seguro, principalmente nos relacionamentos estáveis. CONCLUSÃO:
as IST ainda são consideradas “doenças do outro”, influenciadas pelas desigualdades de gênero. Ações tradicionais do planejamento familiar não são suficientes para a utilização de medidas preventivas.
AIM:
to disclose the perception of nurses working in family planning regarding the vulnerability to sexually transmitted infections (STI) of women who participated in this activity. METHOD:
this is a descriptive and qualitative study that was carried out in a university hospital in Rio de Janeiro, involving nine nurses. Thematic content analysis was used. RESULTS:
nurses perceive women as vulnerable as a result of gender inequalities, manifested by their sole responsibility for protection against STIs and contraceptive measures, lack of partner follow-up, and blame of women for unwanted pregnancies. Male domination was attributed to the fact that man wanted to determine the type of protection and/or contraception that would be used in sexual intercourse. In addition, they expressed the difficulty of these women to negotiate safe sex, especially in stable relationships. CONCLUSION:
ISTs are still considered "diseases of the other", influenced by gender inequalities. Traditional family planning actions are not sufficient for the use of preventive measures.
OBJETIVO:
desvelar la percepción de las enfermeras que actúan en la planificación familiar cuanto a la vulnerabilidad de las mujeres que participaron de esta actividad a las infecciones sexualmente transmisibles (IST). MÉTODO:
Investigación descriptiva, cualitativa, realizada en un hospital universitario, en Rio de Janeiro, con nueve enfermeras. Se utilizó el análisis de contenido temático. RESULTADOS:
las enfermeras perciben las mujeres como vulnerables debido a las desigualdades de género, manifestándose en la responsabilidad exclusiva que estas sienten cuanto a la protección contra IST y medidas contraceptivas, la falta de acompañamiento de la pareja y la culpabilización de las mujeres por los embarazos indeseados. La dominación masculina se atribuyó al hecho de que el hombre quiere determinar cómo será la protección y/o contracepción en la relación sexual. También, ellas expresaron la dificultad de esas mujeres en la negociación del sexo seguro, principalmente en las relaciones estables. CONCLUSIÓN:
las IST todavía se consideran como “enfermedades del otro”, influenciadas por las desigualdades de género. Acciones tradicionales de planificación familiar no son suficientes para utilizar medidas preventivas.