Jejum Pré-Operatório: Consensos e Controvérsias
Preoperative fasting: consensuses and controversie

Rev. méd. Minas Gerais; 30 (), 2020
Publication year: 2020

Introdução:

A prática do jejum pré-operatório se consolidou no século XX e prosseguiu praticamente inalterada até os anos 80, onde passou a ser reestruturada. Diante disso, o presente artigo tem o intuito de realizar uma revisão sobre o jejum pré operatório orientado na literatura comparando-o com o que é encontrado dentro da realidade brasileira.

Metodologia:

Trata-se de um estudo de revisão da literatura, de natureza exploratória, realizada por meio de pesquisa de artigos científicos, dissertações e teses disponíveis nas bases de dados online.

Resultados:

a American Society of Anesthesiologists desenvolveu a Task “Force on Preoperative Fasting” que estabelece para líquidos claros um jejum mínimo de 2 horas e para dieta leve de 6 horas. No Brasil, um estudo com 3.175 pacientes revelou que 46% deles jejuaram por um período superior a 12 horas. Discussão: Além de não aumentar a possibilidade de danos, observa-se que a redução do tempo de jejum pré-operatório está associada a benefícios no processo de recuperação do paciente. Dentre as causas para o jejum prolongado nas instituições de saúde do Brasil estão o atraso nas operações, a transferência de horário e de período ou o seu adiamento para o próximo dia.

Conclusão:

o aprimoramento do jejum pré-operatório é necessário, tendo como estratégia a melhor comunicação entre equipes médicas e de enfermagem e o paciente atendido nas instituições hospitalares. (AU)

Background:

The practice of preoperative fasting was consolidated in the twentieth century and remained unchanged until the 1980s, when it was questioned. Therefore, the present article aims to review the preoperative fasting oriented in the literature comparing it with what is found in Brazilian reality.

Methods:

This is an exploratory literature review study, conducted through research of scientific articles, dissertations and theses available in online databases.

Results:

The American Society of Anesthesiologists has developed the Task Force on Preoperative Fasting, which establishes for clear liquids a minimum fasting of 2 hours and 6 hours for a light diet. In Brazil, a study with 3,175 patients revealed that 46% of them fasted for more than 12 hours.

Discussion:

In addition to not increasing the possibility of damage, it is observed that the reduction of preoperative fasting time is associated with benefits in patient's recovery process. Causes of prolonged fasting in Brazilian health institutions include delayed operations, changes on time and period, or postponement to the next day.

Conclusions:

the improvement of preoperative fasting is necessary, having as strategy a better communication between medical and nursing teams and the patients treated at hospitals. (AU)

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