Arq. odontol; 56 (), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
Avaliar a prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças matriculadas nas escolas municipais de Caicó, Rio Grande do Norte (RN). Métodos:
Foram selecionados 71 escolares entre 8 a 10 anos de idade regularmente matriculados em Escolas Municipais de Caicó/RN. A amostra foi divida em dois grupos:
Grupo lesão (GL): composto por 26 crianças com presença de lesões bucais e Grupo controle (GC): composto por 45 crianças que não apresentaram lesões bucais. A identificação das lesões bucais se deu pelo exame clínico com o auxílio de espátulas de madeira. As crianças responderam questionários (CPQ8-10) acerca da qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Foi realizada a comparação intergrupos para a avaliação da qualidade de vida e seus componentes por meio do teste t. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. Resultados:
A prevalência de crianças que apresentaram lesão de mucosa foi igual a 36,61%, (n = 26). Os tipos mais comuns de lesões foram úlceras aftosas 23,94% (n = 17) e mucocele com 5,63% (n = 4). Houve diferença estatisticamente significante para qualidade de vida entre os grupos avaliados. Pacientes sem lesões bucais apresentaram uma melhor qualidade de vida em detrimento ao grupo das lesões (p = 0,045). Conclusão:
Lesões bucais causam um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças de 8 a 10 anos.
Aim:
To evaluate the prevalence of oral mucosa lesions and their impact on oral health-related quality of life in children enrolled in the city schools of Caicó, Rio Grande do Norte (RN), Brazil. Methods:
Seventy-one schoolchildren, from 8 to 10 years of age, regularly enrolled in the Caicó/RN City School System, were selected. The sample was divided into two groups:
the Injury Group (IG): comprised of 26 children with oral lesions and the Control Group (CG): comprised of 45 children who did not present oral lesions. Oral lesions were identified by clinical examination with the aid of wooden spatulas. The children answered questionnaires (CPQ8-10) about oral health-related quality of life. Intergroup comparison was performed to assess the quality of life and its components by the Student’s t-test. In all tests, significance levels of 5% were adopted. Results:
The prevalence of children with mucosal lesions was 36.61% (n = 26). The most common types of lesions were aphthous ulcers, at 23.94% (n = 17), and mucocele, at 5.63% (n = 4). A statistically significant difference was observed in the quality of life correlation between the evaluated groups. Patients without oral lesions had a better quality of life than did the group of lesions (p = 0.045). Conclusion:
Oral lesions have a negative impact on the oral health-related quality of life in children from 8 to 10 years of age.