Program for Prevention of Mother-to-Child Transmission of Syphilis and HIV in Brazil: missed opportunities
Programa de prevenção da transmissão materno-infantil de sífilis e HIV no Brasil: oportunidades perdidas
DST j. bras. doenças sex. transm; 31 (2), 2019
Publication year: 2019
While antenatal screening for HIV and syphilis is part of the national policy in Brazil, screening and treatment coverage remain inadequate in many
parts of the country. This study aimed to describe missed opportunities concerning mother-to-child transmission (MTCT) from the point-of-view of
pregnant women, health professionals, and health care managers. A semi-structured interview was conducted in six Brazilian states. Pregnant women, health
professionals, and health care managers were interviewed to identify failures in the process of care for pregnant women and MTCT of syphilis or HIV.
The project had a quantitative approach but included open-ended questions to capture the views of participants regarding the feasibility of strategies adopted
for controlling MTCT. The sample consisted of 109 women, 62 health professionals, and 34 health care managers. The median age of women was 24 (range:
15–46) years, and the median schooling was 8 years. Eighty percent of those interviewed received prenatal care. Among those who attended antenatal
visits, the median was 6.43 (range: 1–20) visits. Managers and health professionals had a median of 10 (range: 4–25) working years. In the interviews, the
managers declared that they had provided tests and treatment for these infections, but health professionals stated that they did not have tests or treatment
available to offer, and most women complained about the difficulties of receiving treatment. Organizing the logistics and breaking down barriers related to
care in Brazil is challenging. An adequate health care system and policy factors that address this situation can help to eliminate MTCT by implementing
strategies adopted to control these infections in the country.
Embora o rastreamento para HIV e sífilis no pré-natal faça parte da política nacional no Brasil, a cobertura do rastreamento e tratamento permanece
inadequada em muitas partes do país. O objetivo deste estudo foi descrever as oportunidades perdidas de transmissão materno-infantil (TMI) do ponto de
vista de gestantes, profissionais de saúde e gestores de saúde. Uma entrevista semiestruturada foi realizada em seis estados brasileiros. Foram entrevistadas
gestantes, profissionais de saúde e gestores dos serviços de saúde, com o objetivo de identificar falhas no processo de atendimento às gestantes e à TMI
de sífilis ou HIV. A abordagem do projeto foi quantitativa, mas perguntas abertas foram incluídas para capturar as opiniões dos participantes sobre a
viabilidade das estratégias adotadas para o controle da TMI. Participaram do estudo 109 mulheres, 62 profissionais de saúde e 34 gestores. A mediana de
idade das mulheres foi de 24 (intervalo:15-46) anos e a mediana de escolaridade foi de 8 anos. Oitenta por cento dos entrevistados fizeram consultas de
pré-natal. Entre as que participam de consultas pré-natais, a mediana foi de 6,43 (intervalo: 1 a 20). Gestores e profissionais de saúde tiveram uma mediana
de 10 anos de trabalho (intervalo: 4-25). Nas entrevistas, os gestores disseram que haviam fornecido testes e tratamento para essas infecções, mas os
profissionais de saúde disseram que nem sempre tinham testes ou tratamentos disponíveis para oferecer às pacientes e a maioria das parturientes reclamou
das dificuldades em receber tratamento. Organizar a logística e derrubar barreiras de cuidado ainda representam um desafio no Brasil. O sistema de saúde
com funcionamento adequado e uma ação política de enfrentamento da situação podem ajudar a eliminar a TMI, quando atuam na aplicação das estratégias
adotadas pelo país no controle dessas infecções.