Assistência ao paciente renal antes do início da hemodiálise: estudo retrospectivo
Renal patient care before hemodialysis beginning: a retrospective study

Ciênc. cuid. saúde; 19 (), 2020
Publication year: 2020

INTRODUCTION:

the monitoring of renal patients before the start of hemodialysis is an important element for the implementation of preventive measures that delay or interrupt the progression to more advanced stages of the disease.

OBJECTIVE:

to evaluate primary and tertiary care for people with Chronic Kidney Disease before hemodialysis.

METHODS:

retrospective, documentary, quantitative study with 35 renal patients who started hemodialysis in Sobral-Ceará, Brazil. Data were collected between January and March 2015. An instrument was used to outline the socioeconomic profile, laboratory data, etiology of chronic kidney disease, type of vascular access, and degree of comorbidity. In the Family Health Strategy, we sought to collect data on the number and dates of consultations, creatinine levels, qualitative urine tests, and referral to nephrologist. Data were analyzed using descriptive statistics.

RESULTS:

of the 35 patients, 19 (54.3%) were women and 16 (45.7%) men, with a mean age of 58.8 ± 17.7 years. Of the total, 22 (62.8%) were consulted in the Family Health Strategy before the start of hemodialysis. Of these, only 6 (22.3%) had their renal function assessed and 4 (18.1%) consulted a nephrologist. The time elapsed between the first consultation at the FHS and the start of hemodialysis was 2.5 days (median) and between the first consultation with a nephrologist and the start of hemodialysis, 273.5 days (median). The interval of 2.5 days indicated the start of urgent renal replacement therapy.

CONCLUSION:

chronic kidney disease is not screened in the majority of patients monitored by the FHS and few are seen by a nephrologist before starting hemodialysis.

Introdução:

o acompanhamento do paciente renal antes do início da hemodiálise é elemento importante para a implementação de medidas preventivas que retardam ou interrompam a progressão para estágios mais avançados da doença.

Objetivo:

avaliar assistência primária e terciária de pessoas com Doença Renal C rô n i ca antes da hemodiálise.

Métodos:

estudo retrospectivo, documental, quantitativo, com 35 pacientes renais que iniciaram hemodiálise em Sobral-Ceará, Brasil. Coletaram-se os dados entre janeiro e março de 2015. Utilizou-se instrumento para traçar o perfil socioeconômico, laboratorial, etiologia da Doença Renal Crônica, tipo d e acesso vascular e grau de comorbidade. Na Estratégia Saúde da Família, buscou-se coletar dados sobre quantidade e datas das consultas realizadas, dosagens de creatinina, testes qualitativos da urina e encaminhamentos ao nefrologista. Analisaram-se os dados por meio da estatística descritiva.

Resultados:

dos 35 pacientes, 19 (54,3%) eram mulheres e 16 (45,7%) homens, com média de idade de 58,8 ± 17,7 anos. Do total, 22 (62,8%) foram consultados na Estratégia Saúde da Família antes do início da hemodiálise. Destes, apenas 6 (22,3%) tiveram a função renal avaliada e 4 (18,1%) se consultaram com nefrologista. O intervalo entre a primeira consulta e início da hemodiálise foi de 2,5 dias (mediana) e 273,5 (mediana) na Estratégia Saúde da Família e com nefrologista, respectivamente. O intervalo de 2,5 dias indicou início de urgência da Terapia Renal Substitutiva.

Conclusão:

a DRC não é rastreada na maioria dos pacientes atendidos na ESF e poucos são atendidos por nefrologista antes de iniciar hemodiálise.

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