Rev. bras. cancerol; 66 (3), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais frequente na população feminina mundial, tendo sua incidência e mortalidade mais acentuadas nos países de baixa renda que possuem serviços de saúde menos estruturados e alcançam menor cobertura no rastreamento da doença. Objetivo:
Analisar a adequação dos conhecimentos e práticas das usuárias de uma unidade básica de saúde (UBS) de Juiz de Fora - MG, sobre o rastreamento do câncer do colo do útero, tendo como referência as recomendações do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Método:
Estudo transversal descritivo, utilizando questionário estruturado aplicado às usuárias de uma UBS na faixa etária de 25 a 69 anos durante duas semanas. Foram estimadas prevalências de práticas adequadas e suas associações com fatores sociodemográficos. Resultados:
Todas as mulheres já tinham ouvido falar do exame citopatológico e a maioria (77,9%) tinha conhecimento de sua finalidade. Entretanto, nenhuma apresentou conhecimento inteiramente adequado sobre o rastreamento dessas neoplasias, no que concerne à faixa etária e à periodicidade recomendadas. A prevalência de prática adequada foi de 17,4% (IC95%: 11,8-23,1%) com maior proporção para a faixa etária de maiores de 50 anos. Conclusão:
O conhecimento das usuárias da atenção primária à saúde sobre as recomendações do INCA para o rastreamento do câncer do colo do útero é ainda muito precário.
Introduction:
Cervical cancer is the fourth most common type of cancer in the female population worldwide, with its incidence and mortality more accentuated in low-income countries, which have less structured health services and less coverage for disease screening. Objective:
To analyze the appropriateness of the knowledge and practices that users of a basic health unit (BHU) in Juiz de Fora – MG have on cervical cancer screening, considering as reference the recommendations of the National Cancer Institute José Alencar Gomes da Silva (INCA). Method:
Descriptive cross-sectional study using a structured questionnaire applied to users of a BHU in the age group from 25 to 69 years old for two weeks. Prevalence of adequate practices and their associations with sociodemographic factors were estimated. Results:
All the women were already cognizant of the cytopathological examination and the majority (77.9%) was aware of its purpose. However, none demonstrated complete adequate knowledge about the recommended age range and frequency to screen these neoplasms. The prevalence of appropriate practice was of 17.4% (CI95%: 11.8-23.1%), with a higher proportion for the age group over 50 years. Conclusion:
The users’ knowledge about INCA’s recommendations on primary health care for cervical cancer screening is very precarious.
Introducción:
El cáncer de cuello uterino es el cuarto tipo de cáncer más común en la población femenina en todo el mundo, con su incidencia y mortalidad más pronunciada en los países de bajos ingresos, que tienen servicios de salud menos estructurados y logran menos cobertura en la detección de la enfermedad. Objetivo:
Analizar la idoneidad del conocimiento y las prácticas de los usuarios de una unidad básica de salud (UBS) de Juiz de Fora - MG, en la detección del cáncer de cuello uterino, tomando como referencia las recomendaciones del Instituto Nacional del Cáncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Método:
Estudio descriptivo transversal que utiliza un cuestionario estructurado aplicado a usuarios de una UBS en el grupo de edad de 25 a 69 años durante dos semanas. Se estimó la prevalencia de prácticas adecuadas y sus asociaciones con factores sociodemográficos. Resultados:
Todas las mujeres habían oído hablar de la prueba de Papanicolaou y la mayoría (77,9%) era consciente de su propósito. Sin embargo, ninguno presentó un conocimiento completamente adecuado sobre el cribado de estas neoplasias, con respecto al rango de edad y frecuencia recomendados. La prevalencia de la práctica adecuada fue del 17.4% (IC95%: 11,8-23,1%), con una mayor proporción para el grupo de edad de más de 50 años. Conclusión:
El conocimiento de las usuarias de la atención primaria de salud sobre las recomendaciones del INCA para detección del cáncer cervical es muy precario.