Neoplasias orofaciais em crianças e adolescentes
Orofacial neoplasms in children and adolescents

Arq. odontol; 56 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

Este trabalho analisou os casos de neoplasias orofaciais em crianças e adolescentes, diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco no período de março de 2000 a março de 2019.

Métodos:

Tratou-se de um estudo retrospectivo das neoplasias mais prevalentes diagnosticada no serviço. Os dados foram tabulados e analisados através do programa Statistical Package for the Social Sciences(SPSS) na versão 24.0.

Resultados:

Dos 6.766 casos diagnosticados, 101 foram de neoplasias, destes 52,5% foram no sexo feminino. A média de idade entre os pacientes foi de 12,6 anos. Em relação ao tipo de biópsia, a excisional foi mais prevalente e em 71,3% dos casos os diagnósticos histopatológicos confirmaram as hipóteses diagnósticas clínicas. A neoplasia benigna não odontogênica mais comum foi o papiloma oral com 30 casos (29,7%). Entre os tumores benignos de origem odontogênica, os odontomas foram os mais prevalentes com 16 casos (15,8%).

Foram diagnosticados apenas dois tipos de neoplasias malignas:

o carcinoma adenoide cístico e o leiomiossarcoma.

Conclusão:

Levantamentos epidemiológicos de lesões orofaciais são importantes para determinar a sua prevalência, além de contribuir com a determinação das características na população estudada, fornecendo ao cirurgião-dentista uma base sólida para o diagnóstico e manejo clínico das neoplasias nesses indivíduos.

Aim:

To analyze the cases of orofacial neoplasms in children and adolescents, diagnosed by the Oral Pathology Laboratory of the Federal University of Pernambuco from March 2000 to March 2019.

Methods:

Treatment of a retrospective study of the most prevalent neoplasms diagnosed at the laboratory. Data were tabulated and analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS), version 24.0.

Results:

Of the 6,766 cases diagnosed, 101 were neoplasms, 52.5% of these were not female. The average age among the patients was 12.6 years. Regarding the type of biopsy, tooth extractions were more prevalent, and in 71.3% of the cases, the histopathological diagnoses confirmed the clinical diagnostic hypotheses. The most common non-odontogenic benign neoplasm was the oral papilloma, found in 30 cases (29.7%). Among the benign tumors of odontogenic origin, the odontomas were the most prevalent in 16 cases (15.8%).

Only two types of malignant neoplasms were diagnosed:

adenoid cystic carcinoma and leiomyosarcoma.

Conclusion:

Epidemiological surveys of orofacial lesions are important to determine their prevalence and aid in defining the characteristics in the studied population, providing the dentist with a continuous basis for the diagnosis and clinical treatment of neoplasms in these individuals.

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