Rev. méd. Minas Gerais; 30 (supl.1), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Xantelasmas são placas amareladas benignas que acometem pele de pálpebras e cursam com limitação funcional e queixa estética, impactando vida social e emocional. Com prevalência de 1,4% na população geral, predominam no sexo feminino e associam-se a hiperlipidemias, formados por deposições dérmicas de colesterol. De diagnóstico clínico, está indicada histopatologia em casos duvidosos. O tratamento de escolha é cirúrgico, através de exérese simples ou associada a blefaroplastia, epicantoplastia medial, retalhos locais e enxertos de pele total. Outras opções são terapia a laser, cauterização química com ácido tricloroacético, radiofrequência e crioterapia. Apesar da variedade terapêutica disponível, ainda são descritas na literatura taxas de recidiva local de até 40%. Objetivo:
Analisar taxas de recidiva local associadas à ressecção cirúrgica enquanto tratamento de escolha para os xantelasmas. Métodos:
Trata-se de estudo observacional retrospectivo, em que foram analisados prontuários de 18 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica de xantelasmas pelo serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário da UFJF nos anos de 2016 a 2018. Foram avaliadas localização das lesões e taxas de recidiva local. Resultados:
A localização das lesões mostrou-se predominante em pálpebras superiores, acometendo 10 pacientes (55%), sem predileção por lateralidade. Evoluíram com recidiva local 4 pacientes (22%). Conclusão:
Os resultados do presente trabalho corroboram a hipótese de que taxas de recidiva local são menores em casos submetidos a tratamento cirúrgico, quando comparadas às descritas na literatura, bem como maior satisfação dos pacientes com os resultados estéticos apresentados. Conclui-se que a ressecção cirúrgica é segura e satisfatória em relação às demais terapêuticas. (AU)
Introduction:
Xanthelasmas are benign yellowish plaques that affect the eyelid skin and cause functional limitation and aesthetic complaint, impacting social and emotional life. With a prevalence of 1.4% in the general population, they predominate in females and are associated with hyperlipidemias, formed by dermal cholesterol depositions. Clinically diagnosed, histopathology is indicated in doubtful cases. The treatment of choice is surgical, through simple or associated excision of blepharoplasty, medial epicantoplasty, local flaps and total skin grafts. Other options are laser therapy, trichloroacetic acid chemical cauterization, radiofrequency and cryotherapy. Despite the available therapeutic variety, local recurrence rates of up to 40% are still described in the literature. Objective:
To analyze local recurrence rates associated with surgical resection as the treatment of choice for xanthelasmas. Methods:
This was a retrospective observational study, which analyzed the medical records of 18 patients who underwent surgical resection of xanthelasmas by the Plastic Surgery Service of the University Hospital of UFJF from 2016 to 2018. We evaluated lesion location and recurrence rates. Results:
The location of the lesions was predominant in the upper eyelids, affecting 10 patients (55%), with no preference for laterality. Four patients (22%) evolved with local recurrence. Conclusion:
The results of the present study corroborate the hypothesis that local recurrence rates are lower in cases submitted to surgical treatment when compared to those described in the literature, as well as greater patient satisfaction with the aesthetic results
presented. It is concluded that surgical resection is safe and satisfactory in relation to other therapies. (AU)