Rev. bras. cancerol; 66 (3), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Os cuidados paliativos para pacientes oncológicos têm por finalidade promover a qualidade de vida por meio do controle de sinais e sintomas, melhoria do bem-estar físico, emocional, social e espiritual. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Método:
Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, realizada com 21 pacientes internados em uma unidade de cuidados paliativos. Foram coletados dados sobre aspectos sociodemográficos e clínicos, e utilizada a escala do European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire Core15 PAL (EORTC QLQ C-15 PAL) para avaliação da qualidade de vida. Resultados:
A média de saúde global foi de 60,32, sendo a qualidade de vida considerada satisfatória. Na escala de sintomas, os domínios mais afetados foram dor (52,38), constipação (46,03) e fadiga (42,86). A função emocional (37,30) mostrou-se pior do que a avaliação da função física (59,79). Houve relação significativa do tempo de diagnóstico com a qualidade de vida geral e a dispneia do performance status de Karnofsky(KPS) com o funcionamento físico, bem como da presença de metástase com dispneia. Conclusão:
A qualidade de vida deve ser avaliada diariamente, visto que os cuidados paliativos consideram, além dos sintomas, o conforto do próprio paciente durante o estado de doença que ameaça à vida e as intervenções efetivas de cuidados, permitindo assim o direcionamento da atuação da equipe multiprofissional.
Introduction:
Palliative care for cancer patients aims to promote quality of life, by controlling signs and symptoms, improving physical, emotional, social and spiritual well-being. Objective:
To evaluate the quality of life of cancer patients in palliative care. Method:
Descriptive, cross-sectional, quantitative approach study, conducted with 21 patients admitted to a palliative care unit. Data on sociodemographic and clinical aspects were collected, using the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire Core15 PAL (EORTC QLQ C-15) PAL scale to assess quality of life. Results:
The average global health was 60.32, with quality of life considered satisfactory. In the symptom scale, the most affected domains were pain (52.38), constipation (46.03) and fatigue (42.86). Emotional function (37.30) was assessed worse than physical function (59.79). There was a significant relationship between the time of diagnosis with the general quality of life and dyspnea, of Karnofsky(KPS) performance status, with physical functioning, and presence of metastasis with dyspnea. Conclusion:
Quality of life should be assessed daily, as palliative care considers, in addition to symptoms, the patient’s own comfort during a life-threatening illness and effective care interventions, helping the multiprofessional team to focus their action.
Introducción:
Los cuidados paliativos para pacientes con cáncer tienen como objetivo promover la calidad de vida, controlando los signos y síntomas, mejorando el bienestar físico, emocional, social y espiritual. Objetivo:
evaluar la calidad de vida de los pacientes con cáncer en cuidados paliativos. Método:
Este es un enfoque descriptivo, transversal y cuantitativo, realizado con 21 pacientes ingresados en una unidad de cuidados paliativos. Se recopilaron datos sobre aspectos sociodemográficos y clínicos, utilizando la escala del European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire Core15 PAL (EORTC QLQ C-15 PAL) para evaluar la calidad de vida. Resultados:
La salud global promedio fue de 60.32, con calidad de vida considerada satisfactoria, en la escala de síntomas los dominios más afectados fueron dolor (52.38), estreñimiento (46.03) y fatiga (42.86). La función emocional (37.30) se evaluó peor que la función física (59.79). Hubo una relación significativa entre el momento del diagnóstico y la calidad de vida general y la disnea, del performance status de Karnofsky(KPS) con el funcionamiento físico, así como la presencia de metástasis con disnea. Conclusión:
La calidad de vida debe evaluarse diariamente, como lo consideran los cuidados paliativos, además de los síntomas, así como la propia comodidad del paciente durante una enfermedad potencialmente mortal e intervenciones de atención efectivas, lo que permite la dirección del desempeño del equipo multiprofesional.