Morte e morrer na ótica de cuidadores de idosos dependentes
Death and dying in the perspective of caregivers of elderly dependent patients
Ciênc. cuid. saúde; 14 (3), 2015
Publication year: 2015
Objetivou-se analisar o significado de morte e morrer para os cuidadores de idosos acamados, atendidos e cadastrados em uma das Estratégias de Saúde da Família. Estudo descritivo, transversal e qualitativo, realizado no município de Fortaleza-CE. A amostra constituiu-se de 22 cuidadores informais de idosos acamados. Coleta de dados ocorrida por meio de entrevista semiestruturada, partindo das seguintes perguntas: Para o(a) senhor(a) o que é a morte e o morrer?; Quando o(a) senhor(a) cuida do idoso pensa na possibilidade ou aproximação da morte?. Para análise, utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo.
Segundo o resultado apontou:
morrer está ligado, intimamente, à sobrevivência humana, e o organismo tende a se esquivar mediante qualquer dor. A morte está intensamente presente nas transformações verificadas na velhice e associada ao estilo de vida de cada pessoa. Para o grupo pesquisado, morte e morrer revelam-se como perdas decorrentes do próprio processo de senescência. Ambos representam o alívio do sofrimento, no qual a dependência e as complicações desse processo os levam a uma projeção negativa do futuro, proximidade da morte.
This study aimed to analyze the meaning of death and dying for caregivers of bedridden elderly treated and registered in a Family Health Strategy unit. Descriptive, cross-sectional and qualitative study conducted in Fortaleza-CE, Brazil. The sample consisted of 22 informal caregivers of bedridden elderly patients. Data collection occurred through semi-structured interview based on the following questions: “What do death and dying mean to you?” and “Do you think of the possibility of or closeness to death when caring for the elderly?”. For analysis, we used the Discourse of the Collective Subject. According to the result, dying is closely associated with human survival, and the body tends to dodge through any pain. Death is present in the transformations verified in old age and associated with each person’s lifestyle. For the group in study, death and dying reveal themselves as losses from the very process of senescence. Both represent the relief of suffering, where dependence and complications of this process lead to a negative projection of the future, closeness to death.