DST j. bras. doenças sex. transm; 30 (3), 2018
Publication year: 2018
Introduction:
Premature rupture of membranes (PROM) is a condition that affects 8–10% of all pregnancies, and contributes with 20–40% of preterm
deliveries. Evidence shows that changes in the vaginal microbiota may also have a favorable impact on the decrease in the prevalence of PROM, and
that expectant treatment may be an appropriate approach to reduce morbidity in these cases. Objective:
To investigate whether the use of probiotics
in pregnant women with premature rupture of ovary membranes improves the maternal and perinatal outcome. Methods:
This is a systematic review,
developed from articles published between January 2001 and August 2018, which justify the use of probiotics in pregnant women with PROMto improve
maternal and perinatal outcome. Results:
Some studies have shown a potential role of probiotics in modulating vaginal bacterial communities, reducing
rates of cesarean section and PROM, and increasing the latency and weight of newborns in pregnant women with PROM. However, in other studies,
there was no confirmation of changes in the vaginal microbiota from the use of oral probiotics. Conclusion:
There are benefits in the administration of
probiotics to the mother-fetus binomial. However, there are still doubts about routes of administration, choice of strains and period of use. More studies
are necessary to settle them.
Introdução:
A rotura prematura de membranas ovulares é uma condição que afeta 8–10% de todas as gestações e contribui com 20–40% dos partos
prematuros. Evidências mostram que mudanças na microbiota vaginal podem ter impacto favorável na diminuição de sua prevalência, e o tratamento
expectante pode ser uma abordagem adequada para reduzir a morbidade nesses casos. Objetivo:
Investigar se o uso de probióticos em gestantes com rotura
prematura de membranas ovulares melhora o desfecho materno e perinatal. Métodos:
Trata-se de uma revisão sistemática desenvolvida com base em
artigos publicados no período de janeiro de 2001 a agosto de 2018, que justificam o uso de probióticos em gestantes com rotura prematura de membranas
ovulares para melhorar o desfecho materno e perinatal. Resultados:
Alguns estudos mostraram potencial atuação dos probióticos em modular comunidades
bacterianas vaginais, em reduzir taxas de cesarianas e rotura prematura de membranas ovulares, além de aumentar o período de latência e peso do
recém-nascido de gestantes com esse quadro. Porém, em outros trabalhos, não houve confirmação de mudanças na microbiota vaginal pelo uso de probióticos
orais. Conclusão:
Há benefícios na administração dos probióticos sobre o binômio mãe-feto, contudo ainda há dúvidas sobre vias de administração, sobre
escolha das cepas e sobre tempo de uso. Mais estudos precisam ser realizados para dirimi-las.