DST j. bras. doenças sex. transm; 30 (2), 2018
Publication year: 2018
Introduction:
Syphilis is a bacterial disease whose main means of contamination are the transplacental and sexual pathways. Its high prevalence in pregnancy
in Brazil makes it a national public health issue. Objective:
To evaluate the positivity of the mandatory testing recommended by the Brazilian Ministry of
Health (MoH) in children of VDRL-positive mothers, using data from a congenital syphilis clinic in a Philanthropic Maternity of Aracaju, Sergipe (SE).
Methods:
Observational, longitudinal and descriptive design, following the MoH’ congenital syphilis elimination program protocol (2006). Live births of
VDRL-positive mothers were included from January 2010 to December 2014. Data analysis was performed using SPSS v21.0. Results:
A total of 428 newborns
(NB) were evaluated; 395 long-bone r-rays were carried out, of which, 7.3% had radiological alterations. VDRL positivity was found in cerebrospinal fluid
(2.7%) and in peripheral blood (70.3%). The ear testing was altered in 3.0% and the examination of the eye fundus altered in 2.5%. The chance of having bone
changes was greater in those who were born weighing from 1 to 2.5 kg and in those who presented with syphilis symptoms. Cerebrospinal fluid positivity was
higher in those who had bone changes, were symptomatic, and whose partners were not treated. Maternal treatment decreased the chance of bone changes
in infants. Conclusion:
The non-treponemal test, VDRL, in peripheral blood was the most significant in the identification of the vertical transmission,
corresponding to 70.3% of the identified samples, suggesting that its use had a greater diagnostic sensitivity, being the long bones radiography, ear test, and
eye fundus test complementary in screening children of VDRL-positive mothers. In addition, the outpatient follow-up was statistically significant (p<0.01) in
reducing the patients’ morbidity and mortality. This reinforces the importance of updating the guidelines for Congenital Syphilis management by the Ministry
of Health, used in the institution at the time of the study, aiming to eradicate this disease that still persists despite almost seven decades of penicillin usage
Introdução:
A sífilis é uma doença bacteriana que tem como principais meios de contaminação a via transplacentária e a sexual. Sua alta prevalência na
gestação no Brasil a torna um problema de saúde pública. Objetivo:
Avaliar a positividade dos exames preconizados pelo Ministério da Saúde (MS) em
filhos de mães Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) positivo, mediante dados do ambulatório de sífilis congênita numa maternidade filantrópica
de Aracaju (SE). Métodos:
Design observacional, longitudinal e descritivo, seguindo o protocolo do programa de eliminação de sífilis congênita do MS
de 2006. Foram incluídos nascidos vivos de mães VDRL positivo, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Na análise de dados, utilizou-se o
software SPSS® versão 21.0. Resultados:
Foram avaliados 428 recém-nascidos (RN); 395 realizaram radiografia de ossos longos, dos quais 7,3% tinham
alterações radiológicas. O VDRL foi positivo no liquor em 2,7% e no sangue periférico em 70,3% deles. O teste da orelhinha e o exame de fundo de olho
foram alterados em 3,0 e 2,5%, respectivamente. A chance de ter alterações ósseas foi maior naqueles que nasceram com peso entre 1 e 2,5 kg e naqueles que
apresentaram sintomas de sífilis. A positividade do liquor foi maior naqueles que tinham alterações ósseas, eram sintomáticos e cujos parceiros não foram
tratados. O tratamento materno diminuiu a chance de alterações ósseas nos bebês. Conclusão:
O teste não treponêmico, o VDRL, em sangue periférico
foi o mais significativo na identificação da transmissão vertical, correspondendo a 70,3% das amostras identificadas, sugerindo-se que sua utilização teve
maior sensibilidade diagnóstica, tendo a radiografia de ossos longos, o teste da orelhinha e o exame de fundo de olho um papel complementar no rastreio
dos filhos de mães VDRL positivo. Além disso, o acompanhamento ambulatorial dos pacientes foi estatisticamente significativo (p<0,01) para redução de
morbimortalidade dos pacientes avaliados. Isso reforça a importância da manutenção das guidelines para manejo de sífilis congênita do MS, utilizadas na
instituição na época do estudo, objetivando erradicar essa doença que ainda persiste apesar de quase sete décadas do uso da penicilina