DST j. bras. doenças sex. transm; 30 (2), 2018
Publication year: 2018
Introduction:
Risky sexual behaviors among adolescents can result in high rates of sexually transmitted infections and unwanted pregnancies.
Objective:
To estimate the prevalence and to identify sociodemographic factors associated with early start of sexual activity and inconsistent condom use
among adolescents and young women. Methods:
This cross-sectional, community-based study enrolled 1,072 women from 2007 to 2009. The participants
were between 15 and 24 years old and were residents of three different mid-sized cities in the state of Goiás, Central-Western region of Brazil.
Sociodemographic and behavioral data were collected in a structured questionnaire, following ethics committee approval. Logistic regression analysis
was performed, with odds ratio and adjusted odds ratio calculation, with confidence interval of 95% (95%CI) and statistical significance of 5% (p<0.05).
Results:
Of the 1,072 interviewees, 64.9% were sexually active, of which 46.4% reported sexual initiation at the age of 15 or younger, and 73.2% reported
inconsistent condom use. The factors associated with the early start of sexual activity were to be under 20, to have less than eight years of education, and to
report no religion with odds ratio of 3.13 (95%CI 2.22–4.40), 6.21 (95%CI 4.41–9.32) and 2.05 (95%CI 1.17–3.58) respectively. The factor associated with
inconsistent condom use was being married or in a stable relationship, with odds ratio of 4.63 (95%CI 2.86–7.50). Conclusion:
The high prevalence of risky
sexual behaviors among Brazilian adolescents and young women is due to socioeconomic and cultural factors.
Introdução:
Comportamento sexual de risco entre adolescentes resulta em altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Objetivo:
Estimar a prevalência e identificar os fatores sociodemográficos associados ao início precoce da atividade sexual e ao uso inconsistente do preservativo
masculino entre mulheres adolescentes e jovens. Métodos:
Estudo transversal, de base comunitária, com 1.072 mulheres realizado entre 2007 e 2009. As
participantes tinham entre 15 e 24 anos, residentes em três cidades de médio porte do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do Brasil. Dadossociodemográficos
e comportamentais foram coletados por meio de questionário estruturado. Análises de regressão logística com cálculo de odds ratio e odds ratio ajustado foram
realizadas com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e significância estatística de 5% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados:
Das 1.072 entrevistadas, 64,9% eram sexualmente ativas, entre as quais 46,4% reportaram iniciação sexual aos 15 anos ou menos, e 73,2% reportaram uso
inconsistente do preservativo masculino. Os fatores associados com a iniciação sexual precoce foram idade menor que 20 anos, ter menos que oito anos de
escolaridade e não possuir religião, com odds ratio de 3,13 (IC95% 2,22–4,40), 6,21 (IC95% 4,41 –9,32) e 2,05 (IC95% 1,17–3,58), respectivamente. O fator
associado ao uso inconsistente do preservativo foi o estado civil casada ou união estável, com odds ratio de 4,63 (IC95% 2,86–7,50). Conclusão:
A prevalência
de comportamento sexual de risco entre mulheres adolescentes e jovens brasileiras é elevada em consequência de fatores socioeconômicos e culturais.