Health and sexuality: conceptions and practices of teenage students in Juiz de Fora, Minas Gerais
Concepções e práticas sobre saúde e sexualidade de estudantes adolescentes em Juiz de Fora, Minas Gerais

DST j. bras. doenças sex. transm; 30 (2), 2018
Publication year: 2018

Introduction:

The adolescence is a process marked by vertiginous biopsychosocial changes, being related to the formation of personality and sexual manifestations. These factors, added to disinformation and the social context in which adolescents are inserted, expose them to a greater vulnerability to Sexually Transmitted Diseases (STD), a condition that deserves a special attention from public health policies.

Objective:

The objective of this study is to outline the sociocultural profile of adolescents and their relationship with STD awareness, in addition to collaborate to a healthy sexual behavior.

Methods:

The cross-sectional and descriptive observational study used a sample of 489 students from the 9th grade of 18 municipal public schools in the city of Juiz de Fora, Minas Gerais State, and applied a semistructured questionnaire with a posterior analysis of the collected data. Furthermore, educational lectures were promoted by using audiovisual resources and musical presentations performed by medicine students from Federal University of Juiz de Fora (Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF).

Results:

Results indicate insufficient knowledge and social responsibility among adolescents against the difficulties that the practice of sexuality imposes, besides factors that potentially contribute for the vulnerability of young people. In that context, although 26.2% of adolescents have already began their sexual life, the rate of 81.3% of condom use is unsatisfactory. Moreover, only 37.4% declared themselves to be entangled in the school environment and 61.5% reported full social acceptance, which suggests the necessity of chasing acceptance through sexual permissiveness behavior. Also, it is worth mentioning the use of licit drugs of 15.3%.

Conclusion:

The study shows that, despite their sexual initiation, adolescents’ knowledge about STD is unsatisfactory, exposing, thus, their need to be perceived as vulnerable in the context of public health policies. Carrying out activities at school is a strategy to stimulate their well-being in the experience of sexuality

Introdução:

A adolescência, fase de vertiginosas transformações biopsicossociais, está intrincada à formação da personalidade e às manifestações sexuais. Esses fatores, somados à desinformação e ao contexto social no qual estão inseridos, expõem os adolescentes a uma maior vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DST), condição que merece especial atenção das políticas públicas de saúde.

Objetivo:

O estudo visa traçar o perfil sociocultural dos adolescentes e sua relação com o conhecimento destes acerca das DST, além de incentivar práticas sexuais seguras.

Métodos:

O estudo observacional transversal e descritivo utilizou amostra de 489 estudantes do 9º ano de 18 escolas públicas municipais da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, sendo realizadas aplicação de questionário semiestruturado e posterior análise dos dados obtidos. Além disso, foram efetuadas palestras educativas e apresentação musical pelos discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Resultados:

Os resultados apontam para conhecimento e responsabilidade social insuficientes dos adolescentes diante dos desafios que o exercício da sexualidade impõe, além de fatores potencialmente contribuintes para a vulnerabilidade dos jovens. Nesse contexto, apesar de 26,2% já terem iniciado sua vida sexual, o índice de 81,3% deles usando preservativos é insatisfatório. Além disso, apenas 37,4% declararam-se enturmados no ambiente escolar e 61,5% relataram aceitação social completa, sugerindo a necessidade de busca de aceitação por comportamentos de permissividade sexual. Destaca-se ainda o uso de drogas ilícitas de 15,3%.

Conclusão:

O estudo mostra que, apesar de iniciada a vida sexual, o conhecimento dos adolescentes é insatisfatório acerca das DST, expondo, assim, a necessidade de estes serem encarados como vulneráveis no âmbito das políticas públicas de saúde, sendo a realização de atividades na escola uma estratégia estimuladora do bem-estar na vivência da sexualidade.

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