DST j. bras. doenças sex. transm; 30 (1), 2018
Publication year: 2018
Introduction:
Congenital syphilis (CS) occurs at any time during gestation if the pregnant women were not treated or were incorrectly treated during
pregnancy. CS can be avoided with adequate prenatal diagnosis and treatment. Benzathine penicillin is the preferred drug. Objective:
To evaluate diagnosis
and management of congenital syphilis during pregnancy and the correct management of children exposed in a public hospital at Campos dos Goytacazes,
RJ. Methods:
Retrospective cross-sectional study. Data were obtained from medical records of infants born to mothers with syphilis diagnosed during
pregnancy or delivery and followed at Pediatric Infectious Diseases Ambulatory during 2016. Results:
84 mother-child binomials were followed-up.
The prevalence of syphilis diagnosis was higher in the third trimester of pregnancy 21.40% (18/84) and at delivery, 31% (26/84). About 77.40% of women
do not receive adequate therapy during pregnancy. Moreover in 13 cases, investigation was concluded with 2 of them confirmed as CS. Conclusion:
Late
beginning or not attendance to prenatal consults affected management of syphilis at pregnancy; investigation of newborns was inadequate in many cases
and treatment demanded alternative drugs in absence of penicillin G.
Introdução:
A sífilis congênita consiste na infecção do feto pelo Treponema pallidum, em gestantes não tratadas ou inadequadamente tratadas. A sífilis
congênita pode ser evitada por meio do diagnóstico e do tratamento adequado no pré-natal. A penicilina benzatina é a droga de eleição. Objetivo:
Avaliar
o diagnóstico e o tratamento para sífilis realizado na gestação, bem como a abordagem dos lactentes expostos à sífilis congênita em um hospital público
de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Métodos:
Estudo transversal, retrospectivo. Dados oriundos dos prontuários dos lactentes, cujas mães
foram diagnosticadas com sífilis durante a gestação ou parto e acompanhados em ambulatório de infectologia pediátrica em 2016. Resultados:
Foram
acompanhados no ambulatório 84 binômios. O diagnóstico de sífilis nas gestantes foi mais prevalente no terceiro trimestre de gestação, 21,40% (18/84),
e no momento do parto, 31% (26/84). Em 77,60% (65/84) dos casos não foi realizado o tratamento adequado durante a gestação. Por fim, em 13 casos
a investigação foi concluída, sendo dois confirmados como sífilis congênita. Conclusão:
O início tardio ou a não realização do pré-natal afetaram a
abordagem da sífilis na gestação; a investigação dos recém-natos foi incorreta em muitos casos e o tratamento exigiu o uso de drogas alternativas, na falta
da penicilina cristalina.