Ingestão de cálcio por obesos assistidos por uma Unidade Básica de Saúde

Rev. baiana saúde pública; 41 (2), 2017
Publication year: 2017

Há evidências de que o baixo consumo de cálcio pode aumentar o peso corporal. O objetivo deste trabalho foi verificar a ingestão de cálcio por indivíduos obesos adultos, assistidos por uma Unidade Básica de Saúde de Morada Nova, Ceará. A amostra compreendeu 206 indivíduos de qualquer dos gêneros, adultos, ausentes de doenças que favorecessem o ganho ou perda de peso e que apresentassem Índice de Massa Corporal de eutrofia ou obesidade, avaliados por meio de antropometria, composição corporal, consumo alimentar e questionário sobre condições socioeconômicas. Dos investigados, 158 eram mulheres e 48 homens, com média de idade de 39,5 anos. O nível de escolaridade predominante foi o fundamental incompleto. Os eutróficos obtiveram Índice de Massa Corporal médio de 22,51 kg/m2 e os obesos, de 33,58 kg/m2. A ingestão média de cálcio correspondeu a 278,65 miligramas por dia nos obesos e 331,16 miligramas por dia nos eutróficos, contudo, independentemente do grupo, 97,09% dos indivíduos apresentaram ingestão inferior ao Requerimento Médio Estimado. Dentre os alimentos fontes de cálcio referidos pelos eutróficos, destacaram-se leite integral, queijo, leite desnatado e manteiga. Pelos obesos, observou-se a ingestão de leite desnatado, leite em pó, queijo e iogurte, mas foram citados, ainda, produtos com alta concentração de carboidratos simples como leite condensado e doce de leite. Foi perceptível uma redução do Índice de Massa Corporal com o aumento no consumo de cálcio, sem significância (r=-0,099; p=0,321). É possível que o cálcio influencie no estado nutricional, favorecendo a redução de peso, Índice de Massa Corporal e percentual de gordura. Contudo, estudos com número amostral maior são necessários

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