Jalecos em têxteis de poliéster agem como barreira contra fluidos e bactérias?
¿Batas médicas de telas de poliéster actúan como barrera contra fluidos y bacterias?
Do white coats on polyester fabrics act as a barrier against fluids and bacteria?

Acta Paul. Enferm. (Online); 33 (), 2020
Publication year: 2020

Resumo Objetivo Avaliar tecidos de poliéster quanto à função de barreira física contra fluidos e bactérias. Métodos Trata-se de uma pesquisa experimental laboratorial in vitro realizada em três etapas: avaliação do tempo de passagem de fluido através dos tecidos, cronometrado desde o início do escoamento do fluido até a formação e queda da última gota; determinação microbiológica da carga bacteriana presente no fluido, após a sua passagem através dos tecidos; e análise das características estruturais dos tecidos por meio de microscopia eletrônica de varredura. Os dados foram submetidos aos testes de normalidade e ao teste de U de Mann-Whitney, com nível de significância de a=5%. Resultados as comparações dos tempos obtidos na primeira etapa entre os dois tipos de tecidos utilizados demonstraram diferença estatística ( p <0,001). Com relação à avaliação microbiológica, não foi observada diferença entre as cargas bacterianas após a passagem do fluido através dos tecidos, tanto para Staphylococcus aureus ( p =0,056) quanto para Pseudomonas aeruginosa ( p= 0,320). A análise por microscopia eletrônica de varredura evidenciou diferenças estruturais entre os tecidos, no entanto não foi constatada a presença bacteriana na superfície dos tecidos. Conclusão Ambos os tecidos de poliéster empregados para confecção de jalecos não apresentaram função de barreira física contra fluidos e bactérias. Assim, os resultados nos permitem especular que o jaleco de poliéster ao entrar em contato com fluidos corporais pode possibilitar a contaminação do profissional.
Resumen Objetivo Evaluar telas de poliéster con relación a la función de barrera física contra fluidos y bacterias.

Métodos Se trata de un estudio experimental de laboratorio in vitro realizado en tres etapas:

evaluación del tiempo de pasaje del fluido a través de las telas, cronometrado desde el inicio del derrame del fluido hasta la formación y caída de la última gota; determinación microbiológica de la carga bacteriana presente en el fluido después del pasaje a través de las telas; y análisis de las características estructurales de las telas mediante microscopio electrónico de barrido. Con los datos obtenidos se realizaron las pruebas de normalidad y la prueba U de Mann-Whitney, con nivel de significación de a=5%. Resultados La comparación de los tiempos obtenidos en la primera etapa entre los dos tipos de telas utilizados demostró diferencia estadística ( p <0,001). Respecto a la evaluación microbiológica, no se observó diferencia entre las cargas bacterianas después del pasaje del fluido a través de las telas, tanto de Staphylococcus aureus ( p =0,056) como de Pseudomonas aeruginosa ( p= 0,320). El análisis mediante microscopio electrónico de barrido constató diferencias estructurales entre las telas; sin embargo, no se observó la presencia bacteriana en la superficie de las telas. Conclusión Las dos telas de poliéster empleadas para la confección de batas médicas no presentan función de barrera física contra fluidos y bacterias. De esta forma, los resultados nos permiten suponer que la bata médica de poliéster, al entrar en contacto con fluidos corporales, puede posibilitar la contaminación del profesional.
Abstract Objective To evaluate polyester fabrics as physical barrier function against fluids and bacteria.

Methods This is an in vitro experimental laboratory research carried out in three stages:

evaluation of the length of time for the fluid to pass through the fabrics, timed from the beginning of the fluid flow until the formation and fall of the last drop; microbiological determination of the bacterial load in the fluid, after its passage through the fabrics; and analysis of the structural characteristics of the fabrics by scanning in electron microscopy. The data were submitted to normality tests and the Mann-Whitney U test, with a significance level of a=5%. Results Comparisons of length of time in the first stage between the two types of fabrics used showed a statistical difference ( p <0.001). Regarding the microbiological evaluation, there was no difference among bacterial loads after the fluid passed through the fabrics, both for Staphylococcus aureus ( p =0.056) and Pseudomonas aeruginosa ( p =0.320). The analysis by scanning electron microscopy showed structural differences between the fabrics, however, there were no bacteria on the fabric surface. Conclusion Both polyester fabrics used to make white coats did not work as a physical barrier against fluids and bacteria. Thus, the results allowed us to speculate that the polyester coat when in contact with body fluids may allow contamination of the professional.

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