Rev. bras. epidemiol; 23 (), 2020
Publication year: 2020
RESUMO:
Objetivo: Analisar as associações entre mudanças do nível de atividade física de lazer em adultos com a prevalência de síndrome metabólica. Métodos:
Estudo de base populacional realizado com 818 adultos de 20 anos ou mais em Florianópolis, Santa Catarina, entre 2009 e 2014. Testou-se a associação da manutenção e/ou mudança do nível de atividade física com a prevalência de síndrome metabólica, ajustada por variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, renda, estado civil e cor da pele) e tabagismo. Empregou-se regressão logística, estimando-se as razões de chance (OR) e os respectivos intervalos de confiança (IC95%). Resultados:
A prevalência geral de síndrome metabólica foi de 30,9% (IC95% 27,2 - 34,7). Independentemente das variáveis de ajuste, os adultos que deixaram de ser ativos e/ou se mantiveram fisicamente inativos no lazer no período apresentaram, respectivamente, 108 e 124% maiores chances para a síndrome metabólica (OR = 2,08; IC95% 1,30 - 3,33) e (OR = 2,24; IC95% 1,38 - 3,65). As mulheres e os indivíduos com idade inferior a 45 anos apresentaram menores chances para a síndrome metabólica. Conclusões:
Nesta amostra, manter-se inativo ou passar a sê-lo associou-se, significativamente, com maiores chances para a síndrome metabólica.
ABSTRACT:
Objective: To analyze the associations between changes in the level of leisure-time physical activity in adults and the prevalence of metabolic syndrome. Methods:
This is a population-based study conducted with 818 adults aged 20 years or older from Florianópolis, Santa Catarina, Southern Brazil, between 2009 and 2014. We tested the association of maintenance and/or changes in the level of physical activity with the prevalence of metabolic syndrome, adjusted for sociodemographic variables (gender, age, schooling, income, marital status, and ethnicity) and smoking habits. We used logistic regression and estimated the odds ratios (OR) and their respective confidence intervals (95%CI). Results:
The overall prevalence of metabolic syndrome was 30.9% (95%CI 27.2-34.7). Regardless of adjustment variables, adults who ceased to be active and/or remained physically inactive during leisure time in the study period presented, respectively, 108 and 124% higher odds of developing metabolic syndrome (OR=2.08; 95%CI 1.30-3.33 and OR=2.24; 95%CI 1.38-3.65). Women and individuals younger than 45 years showed lower odds of having metabolic syndrome. Conclusions:
This sample presented a significant association between remaining or becoming inactive and a greater chance of developing metabolic syndrome.