Association between oral hygiene and head and neck cancer in Brazil
Associação entre higiene oral e câncer de cabeça e pescoço no Brasil

Rev. bras. epidemiol; 23 (), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT:

Introduction: Poor oral hygiene, regular use of mouthwash and absence of visits to the dentist could correspond to potential risk factors for the development of head and neck cancer.

Objective:

The objective of this study was to determine whether oral hygiene is associated with the occurrence of oral cavity and head and neck cancer in a Brazilian sample.

Method:

The variables of oral hygiene condition, such as toothbrushing frequency, dental loss, need and use of prosthesis, and regular visit to the dentist in a case-control study were analyzed in patients from five hospitals in the state of São Paulo, Brazil, paired by gender and age, from the multicenter project Genoma do Câncer de Cabeça e Pescoço (GENCAPO).

Results:

The most frequent malignancies in the 899 patients included were those of the tongue border (11.41%) and tongue base (10.92%).

The multivariable statistical analysis found odds ratio values:

Brushing once 0.33 (95%CI 0.25 - 0.44); Brushing twice 0.42 (95%CI 0.35 - 0.52); Flossing always 0.19 (95%CI 0.13 - 0.27); Flossing sometimes 0.19 (95%CI 0.15 - 0.24); Bleeding 2.40 (95%CI 1.40 - 4.09); Prosthesis 1.99 (95%CI 1.54 - 2.56); Visiting the dentist 0.29 (95%CI 0.22 - 0.37); Good hygiene 0.21 (95%CI 0.17 - 0.27); Regular hygiene 0.20 (95%CI 0.15 - 0.25); number of missing teeth (6 or more) 3.30 (95%CI 2.67 - 4.08).

Conclusion:

These data showed that, in the population studied, indicators of good hygiene such as brushing teeth and flossing were protective factors for mouth and head and neck cancer, while bleeding and many missing teeth were risk factors.

RESUMO:

Introdução: Má higiene bucal, uso regular de enxaguante bucal e ausência de visitas ao dentista podem corresponder a potenciais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Objetivo:

Determinar se a higiene bucal está associada à ocorrência de câncer em cavidade oral e cabeça e pescoço em uma amostra brasileira.

Método:

O estudo caso controle analisou variáveis de higiene bucal, como frequência de escovação, perda dentária, necessidade e uso de prótese e visita regular ao dentista em pacientes de cinco hospitais do estado de São Paulo, pareados por sexo e idade, provenientes do projeto multicêntrico Genoma do Câncer de Cabeça e Pescoço (GENCAPO).

Resultados:

As neoplasias mais frequentes nos 899 pacientes incluídos foram: bordo de língua (11,41%) e base de língua (10,92%).

A análise estatística múltipla encontrou os seguintes valores de odds ratio:

escovar uma vez 0,33 (IC95% 0,25 - 0,44); escovar duas vezes 0,42 (IC95% 0,35 - 0,52); uso de fio dental sempre 0,19 (IC95% 0,13 - 0,27); uso de fio dental às vezes 0,19 (IC95% 0,15 - 0,24); sangramento 2,40 (IC95% 1,40 - 4,09); prótese 1,99 (IC95% 1,54 - 2,56), visita ao dentista 0,29 (IC95% 0,22 - 0,37); boa higiene 0,21 (IC95% 0,17 - 0,27); higiene regular 0,20 (IC95% 0,15 - 0,25); e número de dentes ausentes (6 ou mais) 3,30 (IC95% 2,67 - 4,08).

Conclusões:

Esses dados mostraram que, na população estudada, indicadores de boa higiene, como escovar os dentes e uso do fio dental, foram fatores de proteção para o câncer de boca e cabeça e pescoço, enquanto sangramento e muitos dentes ausentes foram fatores de risco.

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