Rev. cienc. salud (Bogotá); 18 (spe), 2020
Publication year: 2020
Resumen Introducción:
los accidentes de tránsito (AT) constituyen una importante causa de mortalidad en el mundo, y en los últimos años han ocupado los primeros lugares en el Distrito Metropolitano de Quito (DMQ). Los marcos conceptuales clásicos para el abordaje de la mortalidad por AT han sido:
el enfoque de salud pública, el modelo sistémico y la matriz de Haddon. Desarrollo:
se describen las características de los modelos clásicos y, desde la mirada de la Epidemiología Crítica (EC) y de la teoría crítica del espacio, se analizan cuatro formas de reducción de la realidad: primero, la reducción de su explicación a la acción de una causa externa (fuerza cinética) ejercida sobre el cuerpo humano que supera la resistencia del mismo. Segundo, la mirada del espacio como mero continente físico o unidad administrativa. Tercero, la consideración del carácter social de los eventos de tránsito como sumatoria de los hechos individuales. Cuarto, la organización de los grupos sociales con criterios de estratificación y no con base en la clase social. Además, se describe cómo, mediante un estudio exploratorio de varias fases, que comprendió revisión documental, enlace de archivos, encuesta a un familiar de la persona fallecida y georreferenciación de la residencia de la persona fallecida, se analizó la mortalidad por AT en el DMQ, con base en las categorías de la Epidemiología Crítica: segregación social del espacio, clase social y perfil epidemiológico, en el contexto de la mortalidad por AT en el DMQ. Conclusión:
el abordaje desde la EC permite una comprensión más integral de la mortalidad de los AT, como resultado de determinaciones socioeconómicas, de procesos de orden etnocultural y de construcción social del género, propios de los modos de vida de las diferentes clases sociales.
Abstract Introduction:
Traffic accidents (TA) constitute a significant cause of mortality in the world. In the last years, they have occupied the first places as causes of mortality in the Metropolitan District of Quito (DMQ). The classical conceptual frameworks for addressing the problem of TA mortality have been the public health approach, the systemic model, and the Haddon matrix. Development:
The article presents the description of the characteristics of the classical models and the analysis of four of their forms of reductionism from the perspective of Critical Epidemiology (CE) and critical space theory: The reduction of its explanation to the action of an external cause (kinetic force) exerted on the human body that exceeds its resistance; the view of space as mere physical continent or administrative unit; the consideration of the social character of transit events as summation of individual events, and the organization of social groups with stratification criteria and not based on social class. In addition, it is described how, through an exploratory study of several phases, the central categories of the CE were operationalized: social segregation of space, social class, and epidemiological profile, in the context of mortality by TA in DMQ. Conclusion:
The approach taken by the CE allows for a more comprehensive understanding of TA mortality as a result of socio-economic determinations, ethnocultural processes, and social construction of gender, typical of the different social classes.
Resumo Introdução:
os acidentes de trânsito (AT) constituem uma importante causa de mortalidade a nível mundial. Nos últimos anos têm ocupado os primeiros lugares como causa de mortalidade no Distrito Metropolitano de Quito (DMQ). Os marcos conceituais clássicos para a abordagem do problema da mortalidade por AT têm sido:
o enfoque de saúde pública, o modelo sistémico, e a matriz de Haddon. Desenvolvimento:
descrevem-se as características dos modelos clássicos. Desde o olhar da Epidemiologia Crítica (EC) e a teoria crítica do espaço se analisam quatro formas de redução da realidade: a redução de sua explicação à ação de uma causa externa (força cinética) exercida sobre o corpo humano que supera a resistência do mesmo. O olhar do espaço como mero continente físico ou unidade administrativa. A consideração do carácter social dos eventos de trânsito como somatória dos fatos individuais. A organização dos grupos sociais com critérios de satisfação e não com base na classe social. Além disso, descreve-se como, através de um estudo exploratório de várias fases, que compreendeu: revisão documental, enlace de arquivos, inquérito a um familiar da pessoa falecida e georeferenciação da morada da pessoa falecida, se analisou a mortalidade por AT no DMQ com base nas categorias da epidemiologia crítica: segregação social do espaço, classe social e perfil epidemiológico, no contexto da mortalidade por AT no DMQ. Conclusão:
a abordagem desde a EC permite uma compreensão mais integral da mortalidade dos AT, como resultado de determinações socioeconómicas, de processos de ordem étnica-cultural e de construção social do gênero, próprios dos modos de vida das diferentes classes sociais.