Femina; 48 (10), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
A hemorragia puerperal (HPP) é um problema de saúde pública. A finalidade deste estudo foi estereotipar as pacientes diagnosticadas com HPP e saber seu
desfecho ante a aplicação do protocolo da instituição. Foram avaliadas características anteparto e intraparto para encontrar perfil materno propenso ao desenvolvimento da HPP. Métodos:
O método escolhido foi coorte com análise de prontuários
no Hospital Filantrópico Beneficência Portuguesa, envolvendo 197 mulheres com
diagnóstico de HPP, com administração de ácido tranexâmico de forma precoce, juntamente com ocitocina. O perfil predominante foi de idade materna não avançada,
não brancas, multíparas, parto vaginal sem preparo de colo, ausência de síndrome
hipertensiva e com idade gestacional de 39 semanas. A principal causa foi atonia
uterina, seguida das lacerações de trajeto. Resultados:
Além do ácido tranexâmico
em conjunto com a ocitocina, a droga mais usada foi a metilergometrina; 71 (36%)
mulheres precisaram de procedimentos, sendo o principal a sutura de trajeto e 45
(22,8%) precisaram de hemoderivados. Conclusão:
A terapia farmacológica foi eficaz,
com menor necessidade procedimentos e ausência de mortalidade.(AU)
Objective:
Postpartum hemorrhage (PPH) is a public health problem. The purpose
of this study is to stereotype patients diagnosed with PPH as well as know their
outcome according to the institution’s protocol. Antepartum and intrapartum characteristics were evaluated to find a maternal profile prone to the development of PPH.
Methods:
The method chosen was the cohort analysis of medical records at the Hospital Filantrópico Beneficência Portuguesa, involving 197 women diagnosed with PPH,
with administration of tranexamic acid early, associated with oxytocin. As results, the
predominant profile was non-advanced maternal age, non-white, non-primigravida,
vaginal delivery without prior cervical ripening, without hypertensive syndrome and
gestational age of 39 weeks. Results:
The main cause was uterine atony, followed
by trauma. In addition to tranexamic acid and oxytocin, the most used drug was
methylergometrine; 71 (36%) women needed procedures, the main one was the path
suture and 45 (22,8%) needed blood products. Conclusion:
Pharmacological therapy
was effective, with less need for procedures and no mortality.(AU)