A esquizofrenia consta de patologia neuropsiquiátrica crônica, heterogênea, complexa, debilitante de origem multifatorial e etiologia desconhecida, que aflige ambos os gêneros, masculino e feminino, sem distinção por etnia ou raça. Ocorre desorganização dos processos mentais e os indivíduos afetados passam a possuir uma relação de dependência para com seus cuidadores, geralmente familiares. Existem repercussões em âmbito odontológico advindas da doença. O objetivo deste artigo foi evidenciar as implicações odontológicas que manifestam-se nos doentes em decorrência da presença da esquizofrenia. Realizou-se revisão bibliográfica acerca das implicações odontológicas do acometimento pela esquizofrenia com busca nas bases de dados: PUBMED, LILACS, Google Acadêmico. Pacientes esquizofrênicos, muitas vezes, recusam-se a submeter-se a intervenções odontológicas e médicas. Pode-se conviver com aversão aos cuidados odontológicos por parte desses indivíduos, em decorrência dos transtornos psíquicos presentes. A higienização bucal inexiste ou é realizada precariamente e concomitantemente pode ocorrer a presença de xerostomia por ação medicamentosa, o que implica num quadro desfavorável com manifestações de cárie dentária e doenças periodontais. No contexto geral, o perfil dos problemas odontológicos que acometem pacientes esquizofrênicos, advém do emprego continuado de medicamentos; hábitos alimentares preconizados e negligência na realização do autocuidado e na eliminação de biofilme dentário, que acumula-se. O conhecimento e a conscientização prévia acerca das manifestações clínicas da esquizofrenia pelo cirurgião dentista contactante dos pacientes e familiares é de extremada importância no desfecho do tratamento odontológico a ser realizado. (AU)