DST j. bras. doenças sex. transm; 32 (), 2020
Publication year: 2020
Introduction:
Infection with the human immunodeficiency virus/acquired immunodeficiency syndrome (HIV/AIDS) in Brazil experienced a significant
increase in the last decade among individuals aged over 60 years. This scenario indicates the need to know the mortality profile from AIDS in aged
adults, in order to promote educational and preventive actions, in addition to professional development to improve the care provided to these patients.
Objective:
To describe the epidemiological profile of aged adults who died of AIDS in the Federal District (FD) from 2007 to 2016. Methods:
This is a
descriptive ecological study, based on secondary data from the Brazilian Mortality Information System, obtained through the Health Situation Analysis
and Data Management of the Health Department of the FD. The analysis was carried out in the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).
Results:
Deaths occurred more frequently among men (74.1%), especially those aged from 60 to 69 years (70.4%). The gender ratio was 2.85. Most of them
only had primary school education (42.0%), were married or in a common-law marriage (43.0%), and were white/Caucasian (52%). Regarding the place
of residence, Plano Piloto was the place with the highest incidence (45.7%), followed by Ceilândia (12.3%) and Taguatinga (8.6%). Conclusion:
It was
found that AIDS, among aged adults, follows the national trend, occurring most frequently in older males, demonstrating that it is necessary to improve the
implementation of prevention practices among this population. It is necessary to better study AIDS-related stigma and prejudice barriers, both among older
adults and health professionals, to overcome them, to increase life expectancy of these patients and to improve their quality of life.
Introdução:
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) no Brasil experimentou um aumento
importante na última década entre os indivíduos com mais de 60 anos. Esse cenário aponta a necessidade de se conhecer o perfil da mortalidade por AIDS
em idosos, no sentido de se adotar ações educativas e preventivas, além da capacitação profissional para o cuidado desses pacientes. Objetivo:
Descrever o
perfil epidemiológico de idosos que morreram por AIDS no Distrito Federal (DF) no período de 2007 a 2016. Métodos:
Estudo descritivo, do tipo ecológico,
com base em dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade, obtidos por meio da Gerência de Informação e Análise de Situação em Saúde
da Secretaria de Saúde do DF. A análise foi realizada no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados:
Os óbitos foram predominantes
em homens (74,1%), especialmente entre 60 e 69 anos (70,4%). A razão por sexo foi de 2,85. Os de ensino fundamental (42,0%), casados/união estável
(43,0%) e de raça/cor branca (52%) foram a maioria. Quanto ao local de residência, o Plano Piloto apresentou maior ocorrência (45,7%), seguido de
Ceilândia (12,3%) e Taguatinga (8,6%). Conclusão:
Observou-se que a AIDS, entre os idosos, segue a tendência nacional, predominância em idosos jovens
do sexo masculino, demonstrando que as ações de prevenção necessitam obter maior alcance nessa população. As barreiras relacionadas ao preconceito e ao
estigma da doença, tanto dos idosos quanto dos profissionais de saúde, precisam ser melhor estudadas no sentido de superá-las para aumentar a sobrevida
e a qualidade de vida desses pacientes.