Arq. bras. oftalmol; 83 (3), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT Purpose:
In this study, we present our observations on changes in the surface temperature of the cornea, eye, and orbital cavity after cataract surgery. Methods:
A total of 39 patients who underwent cataract surgery based on phacoemulsification were enrolled. Temperature was measured at the center of the cornea, on the eye surface, and in orbital cavities using the FLIR T640 thermal imaging camera at days 1, 14, and 28 after cataract phacoemulsification and compared with preoperative baseline values. Results:
The mean value of ocular surface temperature of the orbital cavity 14 days after cataract surgery was significantly different compared with the preoperative temperature (p£0.05). Temperature of the investigated areas showed a reduction, with the greatest decrease on day 14 after surgery, followed by an increase on day 28 after surgery, which was comparable to the temperature measured prior to surgery. Conclusions:
The reduction in ocular surface temperature toward the end of post-cataract surgery follow-up may be associated with increased instability of the tear film after phacoemulsification. Therefore, patient awareness regarding the possibility of clinical symptoms of dry eye syndrome during the first month after surgery should be part of clinical management of cataract surgery. Ocular surface temperature did not increase after cataract surgery, suggesting the absence of significant inflammation, and the temperature about 1 month after cataract surgery was comparable to that before surgery. Nevertheless, the negative correlation between age and ocular surface temperature should be of concern in the elderly.
RESUMO Objetivo:
Este artigo descreve observações sobre mudanças na temperatura da superfície da córnea, olho e cavidade orbital após a cirurgia de catarata. Métodos:
39 pacientes, previamente submetidos à cirurgia de catarata com base em facoemulsificação, foram incluídos no estudo. A temperatura foi medida no centro da córnea, na superfície do olho e nas cavidades orbitárias, com câmera de imagem térmica FLIR T640 nos dias -1, 14 e 28 após a facoemulsificação da catarata e comparada aos valores basais pré-operatórios. Resultados:
Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas apenas para o valor médio da temperatura superficial mediana da cavidade orbital 14 dias após a cirurgia de catarata, em comparação com a temperatura pré-operatória (p£0,05). A análise revelou uma tendência decrescente na temperatura das áreas investigadas, com a maior diminuição no 14º dia após a cirurgia, seguida por um aumento de temperatura comparável à medida antes da cirurgia no dia 28 após a cirurgia. Conclusões:
A temperatura da superfície ocular após a cirurgia de catarata dimimuiu gradativamente até o final do acompanhamento pós-operatório. A queda de temperatura pode estar associada ao aumento da instabilidade do filme lacrimal. Cerca de um mês após a cirurgia de catarata, a temperatura superficial ocular foi comparável à temperatura medida antes da cirurgia. A temperatura superficial ocular não aumentou após a cirurgia de catarata, sugerindo que não houve aumento significativo na reação inflamatória. Houve uma tendência de correlação negativa entre a idade e a temperatura da superfície ocular. Devido ao aumento da instabilidade do filme lacrimal após a facoemulsificação, deve-se considerar informar o paciente sobre a possibilidade de sintomas clínicos da síndrome do olho seco durante o primeiro mês após a cirurgia.