Bupivacaine injection for comitant horizontal strabismus: clinical and radiological results
Injeção de bupivacaína para estrabismo comitante horizontal: resultados clínicos e radiológicos

Arq. bras. oftalmol; 83 (3), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Purpose:

To report the outcomes of bupivacaine injection for the treatment of comitant horizontal strabismus and evaluate clinical effectiveness and associated radiological changes.

Methods:

This prospective observational clinical study was conducted on 10 patients with comitant horizontal strabismus of up to 40 prism diopters. Ophthalmologic examinations and three-dimensional orbital magnetic resonance imaging were performed pre and post-injection (at first, third, and 12th months). A 4.5 ml of 0.5% bupivacaine was injected into the extraocular muscle under topical anesthesia using an electromyography in all patients.

Results:

The mean follow-up time at post bupivacaine injection and mean deviation at primary position were was 17 ± 2 months and 21.3 prism diopters, respectively. The mean changes in ocular alignment, enlargement of the cross-sectional area in the injected muscle, and volumetric enlargement were 7.7 PD, 12%, and 17% at the first year post-injection, respectively. No severe or persistent complication was observed. Ptosis and mydriasis were noted post-injection due to the anesthetic effects of bupivacaine but disappeared within 2 h post-injection.

Conclusions:

Bupivacaine injection improved eye alignment in small-angle horizontal comitant strabismus, effectively diagnosed with orbital magnetic resonance imaging to evaluate volumetric changes of the extraocular muscles. Further clinical studies with larger numbers of patients should be performed to define optimal dosages, concentration, and application method and dose-response relationship.

RESUMO Objetivo:

Relatar resultados da injeção de bupivacaína para o tratamento do estrabismo comitante horizontal e avaliar sua eficácia clínica e as alterações radiológicas associadas.

Métodos:

Este estudo clínico observacional prospectivo foi realizado em 10 pacientes com estrabismo comitante horizontal de até 40 dioptrias de prisma. Exames oftalmológicos e ressonância magnética orbital tridimensional foram realizados pré e pós-injeção (no primeiro, terceiro e 12º mês). A 4,5 mL de bupivacaína a 0,5% foi injetado no músculo extraocular sob anestesia tópica usando eletromiografia em todos os pacientes.

Resultados:

O tempo médio de acompanhamento pós-injeção de bupivacaína e o desvio médio na posição primária foram de 17 ± 2 meses e 21,3 dioptrias de prisma, respectivamente. As alterações médias no alinhamento ocular, aumento da área da secção transversal no músculo injetado e aumento volumátrico foram de 7,7 PD, 12% e 17% no primeiro ano pós-injeção, respectivamente. Nenhuma complicação grave ou persistente foi observada. Ptose e midríase foram observadas após a injeção devido ao efeito anestésico da bupivacaína, mas desapareceram dentro de duas horas após a injeção.

Conclusões:

A injeção de bupivacaína melhorou o alinhamento dos olhos no estrabismo comitante horizontal de pequeno ângulo, efetivamente diagnosticado com ressonância magnética orbital para avaliar as alterações volumétricas dos músculos extraoculares. Outros estudos clínicos, com maior número de pacientes devem ser realizados para definir dosagens, concentração, método de aplicação e a relação dose-resposta.

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