Arq. gastroenterol; 57 (3), 2020
Publication year: 2020
ABSTRACT BACKGROUND:
Hepatopulmonary syndrome (HPS) is a complication associated with cirrhosis that may contribute to worsening exercise capacity and reduced survival after liver transplantation (LT). OBJECTIVE:
To evaluate exercise capacity, complications and survival after LT in patients with cirrhosis and HPS and to compare these results with the results of patients with cirrhosis without HPS. METHODS:
A prospective cohort study, consisting initially of 178 patients, of whom 90 underwent LT (42 with HPS and 48 without HPS). A previous evaluation consisted of the six-minute walk test (6MWT), an exercise test and manovacuometry. Those who underwent LT were evaluated for the mechanical ventilation time (MV), noninvasive ventilation (NIV) use, and survival two years after the procedure. In the statistical analysis, we used the Kolmogorov-Smirnov test, Student's t-test, the linear association square test, and the Kaplan-Meier survival curve. The data were analyzed with the SPSS 16.00 program and considered significant at P<0.05. RESULTS:
The HPS group demonstrated a lower peak of oxygen consumption (VO2peak) (14.2±2.3 vs 17.6±2.6) P<0.001 and a shorter distance walked on the 6MWT (340.8±50.9 vs 416.5±91.4) P<0.001 before LT compared with the non-HPS group. The transplanted patients with HPS remained longer hours in MV (19.5±4.3 vs 12.5±3.3) P=0.02, required more NIV (12 vs 2) P=0.01, and had lower survival two years after the procedure (P=0.01) compared with the transplanted patients without HPS. CONCLUSION:
Patients with HPS had worse exercise capacity before LT, more complications and shorter survival after this procedure than patients without HPS.
RESUMO CONTEXTO:
A síndrome hepatopulmonar (SHP) é uma complicação associada à cirrose que pode contribuir para piora da capacidade de exercício e menor sobrevida após o transplante hepático (TxH). OBJETIVO:
Avaliar a capacidade de exercício, as complicações e a sobrevida após TxH em cirróticos com SHP e comparar com os resultados de cirróticos sem esse diagnóstico. MÉTODOS:
Estudo de coorte prospectivo, composto inicialmente por 178 pacientes, dos quais 90 foram submetidos ao TxH (42 com SHP e 48 sem SHP). Foi realizada uma avaliação prévia composta pelo teste de caminhada dos seis minutos (TC6M), teste ergométrico e manovacuometria. Os submetidos ao TxH tiveram avaliados o tempo de ventilação mecânica (VM), uso de ventilação não invasiva (VNI), e a sobrevida dois anos após o procedimento. Na análise estatística utilizamos os testes de Kolmogorov-Smirnov, o teste t de Student, o teste do quadrado de associação linear, a curva de sobrevida de Kaplan Meier. Os dados foram analisados no programa SPSS 16.00 sendo considerado significativo P<0,05. RESULTADOS:
O grupo SHP apresentou menor pico de consumo de oxigênio (VO2pico) (14,2±2,3 vs 17,6±2,6) P<0,001, e menor distância percorrida no TC6M (340,8±50,9 vs 416,5±91,4) P<0,001 antes do TxH. Os pacientes com SHP transplantados permaneceram mais horas em VM (19,5±4,3 vs 12,5±3,3) P=0,02, necessitaram mais de VNI (12 vs 2) P=0,01, e tiveram menor sobrevida dois anos após o procedimento (P=0,01). CONCLUSÃO:
Pacientes com SHP apresentaram pior capacidade de exercício antes do TxH, mais complicações e menor sobrevida após a realização desse procedimento.