Presence of generalized periodic discharges and hospital mortality
Presença de descargas periódicas generalizadas e mortalidade hospitalar

Arq. neuropsiquiatr; 78 (6), 2020
Publication year: 2020

ABSTRACT Background:

Generalized periodic discharges (GPDs) are rare patterns that can be found in long-term electroencephalographic monitoring in critical patients. These patterns have been correlated with non-seizure crisis and non-convulsive status epilepticus, associated with poor prognosis.

Objective:

To compare the outcome between patients who developed GPDs and patients with other abnormalities in long-term electroencephalographic monitoring.

Methods:

A retrospective study was performed by analyzing the medical records of 112 patients over 18 years who developed GPDs during long-term electroencephalographic monitoring (12‒16 hours of monitoring) in the intensive care unit of a general hospital, compared with a group that had only nonspecific abnormalities in the monitoring.

Results:

Age and cardiorespiratory arrest (CA) were risk factors for death - OR 1.04 (95% CI 1,02 - 1,07) and p<0.001; OR 3.00 (95% CI 1,01 - 8,92) and p=0.046, respectively. It was not possible to evaluate if GPDs alone were associated with an unfavorable outcome or would be a bias for the development of CA in these patients. However, of the six isolated GPDs cases, 2/3 evolved to death, showing a tendency to worse prognosis. A significant difference (p=0.031) was observed for a worse outcome when comparing the group of 28 patients who presented GPD or CA with the other group which did not present any of these variables; of these 28 patients, 20 (71.4%) died.

Conclusions:

The presence of post-CA GPDs was associated with worse prognosis, but it was not clear whether these patterns are independent factors of an unfavorable evolution.

RESUMO Introdução:

As descargas periódicas generalizadas (DPG) são padrões raros que podem ser encontrados durante monitorização eletroencefalográfica prolongada (MEP) em pacientes críticos. Esses padrões têm sido correlacionados com crises não convulsivas e estado de mal epiléptico não convulsivo, associados a um pior prognóstico.

Objetivo:

Comparar o desfecho entre pacientes que desenvolveram DPG e pacientes com anormalidades inespecíficas na MEP.

Métodos:

Foi realizado um estudo retrospectivo através da análise dos prontuários de 112 pacientes acima de 18 anos que desenvolveram DPG durante MEP (de 12‒16 horas de monitorização) na unidade de terapia intensiva de um hospital geral, comparando com um grupo que apresentou apenas anormalidades inespecíficas na MEP.

Resultados:

As variáveis idade e parada cardiorrespiratória (PCR) se mostraram como fatores de risco estatisticamente significativos para óbito - OR 1,04 (IC 95% 1,02 - 1,07) e p<0,001; OR 3,00 (IC 95% 1,01 - 8,92) e p=0,046, respectivamente. Não foi possível avaliar se DPG isoladamente se associaram a um desfecho desfavorável ou seriam um viés para o desenvolvimento de PCR nesses pacientes. Porém, dos seis casos de DPG isoladas, 2/3 evoluíram para óbito, o que revela uma tendência a pior prognóstico. Foi observada diferença significativa (p=0,031) para pior desfecho ao comparar o grupo de 28 pacientes que apresentou DPG ou PCR com o outro grupo que não apresentou nenhuma dessas variáveis, sendo que desses 28 pacientes, 20 (71,4%) foram a óbito.

Conclusões:

A presença de DPG pós-PCR está associada a pior prognóstico, porém não ficou claro se esses padrões são fatores independentes de evolução desfavorável.

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